GABRIELA MANZINI
DA FOLHA ONLINE

A Polícia Civil divulgou na tarde desta segunda-feira retratos falados de dois dos três suspeitos de terem roubado um carro no dia 23 de agosto, em Taboão da Serra (Grande São Paulo). Mais de 35 dias depois, o veículo foi encontrado nas proximidades da Delegacia Seccional da cidade, com 96 bananas de dinamite escondidas nas portas. A vítima José Nascimento Teles, 30, que achou os explosivos, não teria conseguido descrever o terceiro homem que participou da ação. Segundo o delegado Etori André Bonifácio, "aqueles que realizaram o roubo certamente estão ligados à instalação dos artefatos".
Como o veículo -um Apolo vinho- foi localizado nas proximidades da delegacia e permaneceu em seu pátio até que o proprietário fosse buscá-lo, a suspeita que os criminosos planejassem um atentado contra a polícia.
A vítima descreveu um dos suspeitos como um homem de aproximadamente 20 anos, pele parda, 1,60 m de altura, olhos castanho escuros e cabelo raspado. O outro teria 25 anos, olhos e cabelos castanho escuros, pele parda e 1,80 m de altura. Três homens armados abordaram a vítima e fugiram levando o veículo, na noite do dia 23 de agosto, no Jardim Helena, em Taboão da Serra (Grande São Paulo). O carro foi encontrado no dia 28 de setembro, abandonado em uma rua que dá acesso à rodovia Régis Bittencourt, nas proximidades da delegacia seccional.
O proprietário dirigiu o carro normalmente e só percebeu a presença dos explosivos quando notou que havia um fio ligado à forração da porta.
Além das 96 dinamites sem numeração, foram apreendidos 34 metros de fios e quatro detonadores.
A Secretaria da Segurança Pública afirmou que os explosivos não foram encontrados na primeira perícia realizada no Apolo "porque a Polícia Civil não dispõe de um departamento especializado em tapeçaria de carros".


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