São Paulo, segunda-feira, 05 de outubro de 2009

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Reforma de casa que será museu nipo-brasileiro terá R$ 2 milhões da prefeitura

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), assinou ontem um convênio com o Instituto Manabu Mabe para a recuperação da antiga escola estadual Campos Salles, na Liberdade (região central). O local será transformado no Museu de Arte Moderna Nipo-Brasileira Manabu Mabe.
O acordo prevê a liberação de R$ 2 milhões para o restauro do sobrado de 2.500 m2. O projeto já contava com R$ 3 milhões, dado por empresas. Segundo Ken Mabe, diretor do instituto, serão necessários mais R$ 5 milhões -totalizando R$ 10 milhões- para conseguir concluir a obra.
"Para o ano que vem, o prefeito anunciou a liberação de mais R$ 2 milhões", assinala Mabe. O restante viria por meio de emendas de deputados e de um projeto de Lei Rouanet.
Com a verba, diz, será possível continuar os trabalhos no subsolo do prédio, um porão que deve virar reserva técnica -espaço climatizado para a manutenção das obras. Também será possível investir em forro, fachadas, paredes, escadarias e piso. "Trata-se de recuperação da área interna", resume.
O projeto arquitetônico aprovado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) prevê a criação de um espaço dos artistas nipo-brasileiros, área de exposições temporárias e lojas, entre outros.
O Instituto Manabu Mabe tem a cessão de uso do imóvel desde 2005. Em 2005 e 2006, explica Mabe, o instituto trabalhou em projetos de reforma e autorizações em órgãos públicos. A obra teve início em 2007, com a limpeza do terreno, a remoção do entulho e o início da recuperação do local, que havia sido atingido por um incêndio em 1992.
Ainda não há previsão para a abertura do museu, informa Mabe. Ele, porém, adianta que o espaço contará com pinturas de seu pai, Manabu Mabe, pintor japonês que se estabeleceu no Brasil em 1934, aos dez anos, e que dá nome ao instituto.
Haverá ainda obras de artistas como Tikashi Fukushima (1920-2001) e Yoshiya Takaoka (1909-1978), imigrantes japoneses que se estabeleceram no Brasil.
Para o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, "o museu celebrará a cultura japonesa". "Será mais um espaço importante para a arte nipo-brasileira", considera.


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