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Reforma de casa que será museu nipo-brasileiro terá R$ 2 milhões da prefeitura
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (DEM), assinou ontem um convênio
com o Instituto Manabu Mabe para a recuperação da antiga escola estadual Campos
Salles, na Liberdade (região
central). O local será transformado no Museu de Arte
Moderna Nipo-Brasileira
Manabu Mabe.
O acordo prevê a liberação
de R$ 2 milhões para o restauro do sobrado de 2.500
m2. O projeto já contava com
R$ 3 milhões, dado por empresas. Segundo Ken Mabe,
diretor do instituto, serão
necessários mais R$ 5 milhões -totalizando R$ 10
milhões- para conseguir
concluir a obra.
"Para o ano que vem, o
prefeito anunciou a liberação de mais R$ 2 milhões",
assinala Mabe. O restante viria por meio de emendas de
deputados e de um projeto
de Lei Rouanet.
Com a verba, diz, será possível continuar os trabalhos
no subsolo do prédio, um
porão que deve virar reserva
técnica -espaço climatizado
para a manutenção das
obras. Também será possível investir em forro, fachadas, paredes, escadarias e piso. "Trata-se de recuperação
da área interna", resume.
O projeto arquitetônico
aprovado pelo Condephaat
(Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico)
prevê a criação de um espaço
dos artistas nipo-brasileiros,
área de exposições temporárias e lojas, entre outros.
O Instituto Manabu Mabe
tem a cessão de uso do imóvel desde 2005. Em 2005 e
2006, explica Mabe, o instituto trabalhou em projetos
de reforma e autorizações
em órgãos públicos. A obra
teve início em 2007, com a
limpeza do terreno, a remoção do entulho e o início da
recuperação do local, que
havia sido atingido por um
incêndio em 1992.
Ainda não há previsão para a abertura do museu, informa Mabe. Ele, porém,
adianta que o espaço contará
com pinturas de seu pai, Manabu Mabe, pintor japonês
que se estabeleceu no Brasil
em 1934, aos dez anos, e que
dá nome ao instituto.
Haverá ainda obras de artistas como Tikashi Fukushima (1920-2001) e Yoshiya
Takaoka (1909-1978), imigrantes japoneses que se estabeleceram no Brasil.
Para o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, "o museu celebrará a cultura japonesa".
"Será mais um espaço importante para a arte nipo-brasileira", considera.
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