São Paulo, terça-feira, 05 de outubro de 2010

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Policiais são afastados após blitz no Rio

Juiz e duas crianças foram baleados durante a operação, mas agentes dizem que tiro partiu de carro em fuga

Testemunha diz que policiais atingiram veículo; Corregedoria investiga o caso e quer reconstituir episódio

FÁBIO GRELLET
DO RIO

Os seis policiais que faziam a blitz em que o juiz Marcelo Alexandrino da Costa Santos, 39, seu filho de 11 anos e a enteada de 8 foram baleados estão afastados até o fim da investigação, disse ontem o chefe da Polícia Civil do Rio, Allan Turnowski.
Fábio da Costa Ferreira, delegado titular da 41ª DP (Tanque), onde estavam lotados os policiais, foi exonerado do cargo no final da tarde.
O caso, ocorrido no sábado em Jacarepaguá (zona oeste), é investigado pela Corregedoria da Polícia Civil.
Segundo os policias, ocupantes de um Honda Civic preto atiraram contra eles e atingiram o veículo do juiz.
Uma testemunha, no entanto, responsabiliza os policiais pelos disparos.
"Se o policial estiver mentindo, será exonerado. Mas por enquanto não é possível afirmar nada. Houve erro, com certeza, porque o policial não pode atirar, colocar inocentes em risco", disse o chefe da Polícia Civil.
Santos foi transferido, ontem, do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) para um quarto, no hospital Pasteur, no Méier. As crianças estão no CTI do hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá. Elas correm risco de morte.

O CASO
Santos suspeitou que a blitz fosse falsa e decidiu retornar. Os policiais dizem que, enquanto ele manobrava, o Civic decidiu fugir.
Eles afirmam ter atirado para cima. Os ocupantes do Civic teriam então disparado contra os policiais.
A Corregedoria vai reconstituir o episódio, mas espera antes ouvir o juiz.


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