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Policiais são afastados após blitz no Rio
Juiz e duas crianças foram baleados durante a operação, mas agentes dizem que tiro partiu de carro em fuga
Testemunha diz que policiais atingiram veículo; Corregedoria investiga o caso e quer reconstituir episódio
FÁBIO GRELLET
DO RIO
Os seis policiais que faziam a blitz em que o juiz
Marcelo Alexandrino da Costa Santos, 39, seu filho de 11
anos e a enteada de 8 foram
baleados estão afastados até
o fim da investigação, disse
ontem o chefe da Polícia Civil
do Rio, Allan Turnowski.
Fábio da Costa Ferreira,
delegado titular da 41ª DP
(Tanque), onde estavam lotados os policiais, foi exonerado do cargo no final da tarde.
O caso, ocorrido no sábado em Jacarepaguá (zona
oeste), é investigado pela
Corregedoria da Polícia Civil.
Segundo os policias, ocupantes de um Honda Civic
preto atiraram contra eles e
atingiram o veículo do juiz.
Uma testemunha, no entanto, responsabiliza os policiais pelos disparos.
"Se o policial estiver mentindo, será exonerado. Mas
por enquanto não é possível
afirmar nada. Houve erro,
com certeza, porque o policial não pode atirar, colocar
inocentes em risco", disse o
chefe da Polícia Civil.
Santos foi transferido, ontem, do CTI (Centro de Tratamento Intensivo) para um
quarto, no hospital Pasteur,
no Méier. As crianças estão
no CTI do hospital Cardoso
Fontes, em Jacarepaguá. Elas
correm risco de morte.
O CASO
Santos suspeitou que a
blitz fosse falsa e decidiu retornar. Os policiais dizem
que, enquanto ele manobrava, o Civic decidiu fugir.
Eles afirmam ter atirado
para cima. Os ocupantes do
Civic teriam então disparado
contra os policiais.
A Corregedoria vai reconstituir o episódio, mas espera
antes ouvir o juiz.
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