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Dona-de-casa pega doença 5 vezes
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Novo Milênio é o nome da comunidade onde mora há seis anos
Ivanilda de Souza Ferreira, 40, detentora de um triste título dado
pelos agentes da Funasa. Ela é a
campeã na sua casa, onde moram
nove pessoas, em notificações positivas de malária. Já contraiu cinco vezes e está em tratamento.
Seu marido, o desempregado
Antônio Marques de Oliveira, 52,
já pegou malária três vezes. Os filhos David, 22, Vanessa, 9, e o enteado Antônio, 28, duas. Os netos
Emily, 2, e Edson, 4, uma vez cada.
"Quando um pega [a malária],
passa para o outro porque o mosquito vai ferrando um e outro",
disse Ivanilda, que só toma remédio quando recebe dos agentes.
A incidência de malária na comunidade Novo Milênio, uma
área de floresta fechada invadida
e transformada em favela no bairro Santa Etelvina, zona norte de
Manaus, é tão alta que os agentes
coletam o sangue dos pacientes
na própria casa.
Na Novo Milênio não tem posto
de saúde nem hospital público.
"O hospital mais perto fica a uma
hora de ônibus", diz Ferreira.
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