São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2008

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Encomenda de 80 fuzis do Bope chega por correio no Rio

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE, NO RIO

Sem escolta ou proteção especial, uma encomenda de 80 fuzis feita pelo Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM) a uma empresa estatal ligada ao Exército chegou ao Rio pelos Correios e assustou os carteiros. A entrega, feita na última sexta, surpreendeu o próprio Bope, que havia pedido reforço da segurança no transporte.
O incidente gerou um conflito entre o Exército e a Secretaria de Segurança do Rio, para quem a entrega foi irregular. Ontem, a secretaria enviou um ofício à fabricante dos fuzis, a Imbel (Indústria de Material Bélico do Brasil), pedindo explicações. Já o Exército, em nota, defendeu a empresa.
Os fuzis, parte de uma encomenda de 400 armamentos feita à fábrica da Imbel em Itajubá (sul de Minas), chegaram em cinco caixas em um escritório dos Correios. Assustados e temendo assaltos, os funcionários ligaram para o Bope, que foi buscar a encomenda.
Esta foi a primeira vez que os Correios receberam, no Rio, este tipo de entrega, de acordo com o responsável pela empresa, Celso Silva de Carvalho.
Ontem, Correios e Exército afirmaram que a operação é prevista pelo artigo 144 da Constituição, que lista órgãos e fabricantes nacionais autorizados a fazer "serviços postais" de armamentos dentro do país. Mas a secretaria acusou a Imbel de infringir o contrato feito com o governo do Rio. Segundo a pasta, ele previa o transporte das armas com escolta e por empresa especializada.
"Nunca uma compra da secretaria teve a orientação de ser enviada pelos Correios", protestou, em nota, a secretaria.
Em nota, o Exército disse que não havia empresas transportadoras aptas na data do envio dos fuzis, e afirmou que "o tráfego de armas é realizado segundo normas de segurança".


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