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Encomenda
de 80 fuzis do Bope chega por correio no Rio
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA ONLINE,
NO RIO
Sem escolta ou proteção especial, uma encomenda de 80
fuzis feita pelo Bope (Batalhão
de Operações Especiais da PM)
a uma empresa estatal ligada ao
Exército chegou ao Rio pelos
Correios e assustou os carteiros. A entrega, feita na última
sexta, surpreendeu o próprio
Bope, que havia pedido reforço
da segurança no transporte.
O incidente gerou um conflito entre o Exército e a Secretaria de Segurança do Rio, para
quem a entrega foi irregular.
Ontem, a secretaria enviou um
ofício à fabricante dos fuzis, a
Imbel (Indústria de Material
Bélico do Brasil), pedindo explicações. Já o Exército, em nota, defendeu a empresa.
Os fuzis, parte de uma encomenda de 400 armamentos feita à fábrica da Imbel em Itajubá
(sul de Minas), chegaram em
cinco caixas em um escritório
dos Correios. Assustados e temendo assaltos, os funcionários ligaram para o Bope, que
foi buscar a encomenda.
Esta foi a primeira vez que os
Correios receberam, no Rio, este tipo de entrega, de acordo
com o responsável pela empresa, Celso Silva de Carvalho.
Ontem, Correios e Exército
afirmaram que a operação é
prevista pelo artigo 144 da
Constituição, que lista órgãos e
fabricantes nacionais autorizados a fazer "serviços postais" de
armamentos dentro do país.
Mas a secretaria acusou a Imbel de infringir o contrato feito
com o governo do Rio. Segundo
a pasta, ele previa o transporte
das armas com escolta e por
empresa especializada.
"Nunca uma compra da secretaria teve a orientação de ser
enviada pelos Correios", protestou, em nota, a secretaria.
Em nota, o Exército disse que
não havia empresas transportadoras aptas na data do envio
dos fuzis, e afirmou que "o tráfego de armas é realizado segundo normas de segurança".
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