São Paulo, quarta-feira, 05 de novembro de 2008

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Só reformar prédios não resolve, diz superintendente do Viva o Centro

DA REPORTAGEM LOCAL

Reformar prédios no centro e dar a eles alguma função é importante, mas não é isso que vai resolver o problema. A opinião é de Marco Antônio Ramos de Almeida, superintendente da associação Viva o Centro.
Para ele, a prefeitura tem de cumprir duas tarefas para conseguir revitalizar o centro: reduzir a burocracia para novos empreendimentos e cuidar melhor da manutenção das ruas e outras áreas públicas.
Almeida dá o exemplo da Sala São Paulo, local de concertos na antiga estação Júlio Prestes. "Fizeram a Sala São Paulo, uma coisa maravilhosa, mas nem por isso melhorou o entorno."
Ele afirma que os empresários não investem no centro porque é difícil e trabalhoso aprovar um projeto de obra. "Quando acha uma área, o que não é fácil, o terreno está em inventário. Para construir precisa de 20 aprovações, até do DPH [Departamento do Patrimônio Histórico]. Demora tanto que o sujeito desiste."
Para solucionar o problema, a associação Viva o Centro propôs aos candidatos a prefeito, durante a campanha eleitoral, a criação de uma agência que cuide exclusivamente da região. Ela funcionaria como um "guichê único" e cuidaria dos projetos referentes ao centro.
Para a questão da manutenção, a proposta da associação é a criação de um órgão específico para zelar pelas áreas públicas da região. "O centro precisa ser cuidado como o metrô: é uma área pequena por onde passa uma multidão todo dia. O metrô é sempre limpinho, seguro e bem cuidado", disse.
Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras, disse que a burocracia no centro é igual para toda a cidade e que a região é bem cuidada. Para ele, é apenas uma impressão de que o centro é sujo, já que passa muita gente por ali.


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