|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Só reformar prédios não resolve, diz superintendente do Viva o Centro
DA REPORTAGEM LOCAL
Reformar prédios no centro e
dar a eles alguma função é importante, mas não é isso que vai
resolver o problema. A opinião
é de Marco Antônio Ramos de
Almeida, superintendente da
associação Viva o Centro.
Para ele, a prefeitura tem de
cumprir duas tarefas para conseguir revitalizar o centro: reduzir a burocracia para novos
empreendimentos e cuidar
melhor da manutenção das
ruas e outras áreas públicas.
Almeida dá o exemplo da Sala
São Paulo, local de concertos na
antiga estação Júlio Prestes.
"Fizeram a Sala São Paulo, uma
coisa maravilhosa, mas nem
por isso melhorou o entorno."
Ele afirma que os empresários não investem no centro
porque é difícil e trabalhoso
aprovar um projeto de obra.
"Quando acha uma área, o que
não é fácil, o terreno está em inventário. Para construir precisa de 20 aprovações, até do
DPH [Departamento do Patrimônio Histórico]. Demora tanto que o sujeito desiste."
Para solucionar o problema,
a associação Viva o Centro propôs aos candidatos a prefeito,
durante a campanha eleitoral, a
criação de uma agência que cuide exclusivamente da região.
Ela funcionaria como um "guichê único" e cuidaria dos projetos referentes ao centro.
Para a questão da manutenção, a proposta da associação é
a criação de um órgão específico para zelar pelas áreas públicas da região. "O centro precisa
ser cuidado como o metrô: é
uma área pequena por onde
passa uma multidão todo dia. O
metrô é sempre limpinho, seguro e bem cuidado", disse.
Andrea Matarazzo, secretário das Subprefeituras, disse
que a burocracia no centro é
igual para toda a cidade e que a
região é bem cuidada. Para ele,
é apenas uma impressão de que
o centro é sujo, já que passa
muita gente por ali.
Texto Anterior: Kassab promete transformar centro no novo Cidade Limpa Próximo Texto: Campanha de chef deve manter área residencial de prédio Índice
|