São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2010

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ULRICA D'OREY (1969-2010)

Ulri cuidava da beleza de "Claudia"

ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO

"Prefiro viver até os 40 intensamente, do que chegar aos 70 anos e não ter vivido." Quando o irmão Frederico pedia para a jornalista Ulrica d'Orey, a Ulri, trabalhar menos, ouvia frases assim dela.
Ainda pequena, ela foi diagnosticada com um problema congênito no coração. Seu pai ouviu de um médico em Londres que a filha não viveria mais seis meses.
A família foi treinada para poupá-la de esforços e grandes emoções, sabendo de suas reiteradas taquicardias.
Ulri era nascida em Lisboa e chegou a Santos aos seis anos, com os pais, que fugiram das agitações da época da Revolução dos Cravos.
Quando jovem, ela já sabia o que queria ser: desde pequena, brincava de repórter, fazia entrevistas e escrevia.
Mas parte da família se opôs à escolha da moça. Queriam que ela ficasse sob proteção constante, em Santos. Com apoio da mãe, superou obstáculos. Formou-se em jornalismo e, nos anos 90, fez o curso da editora Abril.
Começou na "Capricho". Passou pela "Manequim", "Nova Beleza" e "Claudia", onde estava desde 2005. Era editora de beleza. E ainda tocava a "Claudia Bebê".
Em agosto, como prêmio, fez um curso de estilismo em Paris e Londres. Atualizava o blog com suas descobertas, como um sabonete à base de tomate e uma loja parisiense que só vende vestidos pretos.
Amigas lembram de sua gargalhada contagiante.
No domingo, ao voltar do teatro, sentiu-se mal, deitou na cama e teve uma parada cardíaca. Morreu aos 41, sem deixar filhos. Na segunda, haverá uma missa, às 19h, na igreja da Cruz Torta, em SP.

coluna.obituario@uol.com.br


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