São Paulo, sexta-feira, 05 de novembro de 2010

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Família de SP é suspeita de tráfico em Israel

Funcionário de hotel diz que Lilian Lichewitz, 27, lhe entregou mala com 1,2 kg de haxixe; ela e os pais foram detidos

Lilian afirma que mala foi enviada por colega do Facebook e que, ao descobrir se tratar de droga, avisou o hotel

DE SÃO PAULO

Três turistas brasileiros -um casal e a filha- estão detidos desde a última terça-feira em Israel sob a acusação de tráfico de drogas.
A polícia israelense abordou Victor, 74, Elza, 61, e Lilian Lichewitz, 27, quando eles estavam dentro do avião no aeroporto de Tel Aviv, prestes a voltar para o Brasil.
Um funcionário do hotel onde os três estavam denunciou à polícia ter recebido de Lilian uma mala com 1,2 kg de haxixe.
Ela afirma que foi vítima de uma emboscada e nega ligação com o tráfico.
Os pais foram liberados ontem com o compromisso de permanecerem em prisão domiciliar em Israel por sete dias, enquanto a investigação acontece.
O casal pagou fiança de US$ 2.000.
A situação de Lilian será definida hoje, em audiência. Ela estuda educação física na capital paulista.
Israel prevê pena de até 20 anos de prisão para tráfico de drogas.
Lilian caiu em uma cilada, afirma Marcos Wasserman, advogado contratado pela família em Tel Aviv.
De acordo com ele, um rapaz que ela conhecia só pela rede social Facebook lhe pedira para trazer uma mochila de Israel para o Brasil.
"Ela foi ingênua e aceitou", disse o advogado.
Ficou combinado, segundo Wasserman, que um conhecido do rapaz levaria a mochila ao hotel.
Ninguém apareceu, mas, no dia seguinte, uma mala com a droga "surgiu" no quarto onde Lilian estava com os pais, ainda conforme o advogado.
Ao abrir, a garota viu a droga escondida entre pacotes violados de bolo e chocolate e avisou à segurança do hotel, que, segundo o advogado, liberou os três e se comprometeu a cuidar de tudo, afirmou ainda Wasserman.
Com passagem de volta marcada, os três, então, foram para o aeroporto -eles haviam viajado para acompanhar uma cerimônia familiar judaica.
O advogado disse que dois fatos inocentam Lilian:
1) Antes de viajar, ela deixou uma mensagem no Facebook para o rapaz demonstrando indignação com o que encontrara na mala;
2) O conhecido foi detido em SP e declarou ter pedido para Lilian trazer a mochila, mas sem saber que havia droga nela.
A Folha não conseguiu confirmar a suposta prisão no Brasil.


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