São Paulo, sábado, 05 de novembro de 2011

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Atuação da PM em campus ainda é indefinida

JULIANA COISSI
DE SÃO PAULO

Ao assinar o convênio com a USP, em setembro, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto, citou o combate ao uso de drogas como um dos focos da presença da PM na Cidade Universitária.
Em menos de dois meses, o flagrante de alunos com maconha deflagrou a atual onda de manifestações na universidade que acabou na invasão da reitoria.
Apesar de isso não ter sido feito ainda, a PM pretende aplicar na USP o chamado policiamento comunitário. Nesse modelo, as prioridades das ações policiais são definidas pela própria comunidade.
O modelo começou a surgir na década de 1970, no Canadá e em parte dos EUA. No Brasil, houve bons resultados em bases no Jardim Angela, na zona sul paulistana.
O policiamento na USP prevê, até o fim do ano, a instalação de duas bases móveis, com um grupo de 30 PMs.
A USP diz que os policiais serão treinados de forma específica. Já a PM afirma que haverá só uma orientação feita por policiais que também estudam na universidade, diz o capitão Emerson Massera, porta-voz da PM -ele mesmo cursa ciências sociais na Cidade Universitária.
Na opinião de Nancy Cardia, vice-coordenadora do NEV (Núcleo de Estudos da Violência) da USP, o policiamento comunitário ainda engatinha no país. Ela diz que a USP poderia ser um "laboratório" para o modelo. "Mas parte da comunidade sequer dá abertura. Fico escandalizada. Enquanto aí fora as pessoas estão sedentas por isso."
Guaracy Mingardi, especialista em segurança pública, defende que a guarda universitária seja ampliada, para que a Polícia Militar só atue dentro da Cidade Universitária em casos extremos.


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