São Paulo, quinta-feira, 05 de dezembro de 2002

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Refém de assaltante morre em tiroteio em Copacabana

Gustavo Stephan/Agência O Globo
Policiais militares cercam assaltante de imobiliária em Copacabana; ação terminou com uma refém morta e dois ladrões feridos


DA SUCURSAL DO RIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma mulher morreu e dois assaltantes ficaram feridos em um tiroteio ontem à tarde em Copacabana (zona sul do Rio). Segundo policiais do 19º Batalhão de Polícia Militar, em Copacabana, a vítima, Aparecida do Prado Sarade, 68, tinha sido feita refém de um assaltante de uma empresa imobiliária.
Segundo a polícia, por volta das 17h um grupo formado por quatro homens e uma mulher invadiu a imobiliária Palmares, que funciona na avenida Nossa Senhora de Copacabana. Os assaltantes fugiram a pé e, ainda segundo a polícia, foram perseguidos por seguranças da imobiliária. Alertados, os policiais de uma patrulha do 19º BPM entraram na perseguição.
Um assaltante rendeu o motorista de uma Parati que passava pelo local. O motorista foi retirado do carro e Sarade, mulher dele, foi obrigada a dirigir o veículo.
Na rua República do Peru, o carro foi interceptado pela PM e pelos seguranças. Houve troca de tiros e pelo menos seis disparos atingiram o carro. Sarade foi baleada na cabeça e morreu na hora.
Ricardo Almeida, 24, baleado no peito, foi internado em estado grave no Hospital Miguel Couto (Gávea, zona sul). Segundo a PM, ele estava armado e portava uma granada. Acusado de participar do assalto, I.G.N.P., 17, foi baleado por policiais e atingido nas costas. O adolescente não corre risco de morte. Bruno da Silva Martins, 21, foi preso. Os outros dois assaltantes não tinham sido encontrados até as 20h30.
Segundo a PM, a quadrilha roubou cerca de R$ 12 mil e trancou os funcionários da imobiliária no banheiro. O assalto durou cerca de 15 minutos. A polícia informou ter apreendido com os assaltantes um revólver e uma pistola, além da granada, que é de uso privativo das Forças Armadas.
O marido da vítima, em estado de choque, foi hospitalizado. O nome dele não foi revelado.
A 13ª DP informou que será feito um exame de balística para determinar se a bala que matou Sarade foi disparada por policiais, assaltantes ou seguranças.


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