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Autor da idéia critica pressão dos advogados
DA REPORTAGEM LOCAL
A principal mudança entre
a proposta do senador César
Borges (PFL-BA) e o substitutivo do deputado federal
Maurício Rands (PT-PE) foi
a inclusão da obrigatoriedade de advogados nos processos consensuais a serem resolvidos nos cartórios.
O projeto inicial não previa a presença dos advogados. "Queria desonerar de
custos advocatícios aqueles
que chegam a um acordo
amigável", explica o senador.
"Mas os advogados fizeram pressão. Há um corporativismo para não perder
mercado. Alguns dizem que a
presença de um profissional
dá mais segurança ao ato; o
problema é que continuará
tendo custo. O que o advogado vai fazer não é nada que
um tabelião não faça", afirma
o senador pefelista.
A vice-presidente da OAB-SP, Márcia Machado Melaré,
discorda. "A presença do advogado garante a proteção do
cidadão." Ela diz que a OAB
foi contra porque, para o Judiciário ser mais ágil, não
adianta transferir seu trabalho para outros órgãos. "É
preciso dar mais condições
para que a Justiça seja ágil."
Ela diz que, se aprovado, o
projeto será um prejuízo para os cidadãos. "É com recursos financeiros e com choque
de gestão que a Justiça ganhará rapidez." Melaré conta
que a OAB tentará fazer com
que sua posição seja ouvida
pelos congressistas.
Para o deputado Maurício
Rands, a inclusão dos advogados foi feita para garantir
que não haja prejuízo de nenhuma parte. "Com eles garantimos que todos tenham
informações." Ele diz que
não houve muita pressão da
classe. "Sou advogado há 25
anos e esse era um argumento justo. A burocracia não aumentará com essa exigência." Já os custos advocatícios, diz ele, cairão. "Acho
que será uma redução para
menos da metade."
(DT)
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