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SC confirma cinco casos de leptospirose
Quatro deles estão ligados a enchentes; motivo do 5º caso, em Florianópolis, é investigado; 109 pessoas têm suspeita de doença
Cidades com maior nº de casos suspeitos da doença, Blumenau, Itajaí e Ilhota, foram as mais afetadas por cheias e deslizamentos
GUSTAVO HENNEMANN
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
A Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina confirmou ontem os quatro primeiros casos de leptospirose causados pelas cheias no Estado.
Os pacientes são de Itajaí, Joinville, Guabiruba e Guaramirim,
todas cidades atingidas por alagamentos na última semana.
Um quinto caso confirmado,
na região de Florianópolis,
também pode ter relação com
as enchentes, mas ainda está
sendo investigado.
A secretaria afirma que outras 109 pessoas estão com suspeita da doença em 18 cidades,
mas o número já é maior porque os dados de cada município
não são repassados diariamente, segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio Silva.
A Folha contatou as vigilâncias epidemiológicas de dez cidades que sofreram com enchentes. Foram registrados pelos municípios 262 casos de
suspeita da doença até ontem.
O lote de exames que confirmou os cinco casos ontem também descartou a possibilidade
da doença em 30 dessas 262
pessoas que fizeram o exame.
Causada por uma bactéria
que é contraída no contato com
a urina principalmente de ratos, a leptospirose tem como
sintomas febre, dor-de-cabeça
intensa e dores musculares. A
doença pode levar à morte.
Casos suspeitos
As cidades com o maior número de suspeitas -Blumenau
(110), Itajaí (58) e Ilhota (38)-
são três das mais afetadas pelas
cheias e deslizamentos.
Para ser um caso suspeito,
além dos sintomas da doença, o
paciente precisa relatar que entrou em contato com a água da
enchente ou que freqüentou
áreas com indício de esgoto e
proliferação de ratos.
Em Blumenau, município
com maior número de pessoas
com suspeita de terem contraído a doença, apenas 6 dos 110
pacientes estão internados,
dois em estado leve e um moderado, de acordo com a Defesa
Epidemiológica da cidade.
Após ser constatada a suspeita da doença, o paciente começa a ser medicado. Sete dias depois de os sintomas aparecerem, é feita a coleta de sangue
para exames. O resultado pode
demorar mais de dez dias, mas
o Estado vem agilizando os testes em função da situação extraordinária.
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