São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2008

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SC confirma cinco casos de leptospirose

Quatro deles estão ligados a enchentes; motivo do 5º caso, em Florianópolis, é investigado; 109 pessoas têm suspeita de doença

Cidades com maior nº de casos suspeitos da doença, Blumenau, Itajaí e Ilhota, foram as mais afetadas por cheias e deslizamentos

GUSTAVO HENNEMANN
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA

A Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina confirmou ontem os quatro primeiros casos de leptospirose causados pelas cheias no Estado.
Os pacientes são de Itajaí, Joinville, Guabiruba e Guaramirim, todas cidades atingidas por alagamentos na última semana.
Um quinto caso confirmado, na região de Florianópolis, também pode ter relação com as enchentes, mas ainda está sendo investigado.
A secretaria afirma que outras 109 pessoas estão com suspeita da doença em 18 cidades, mas o número já é maior porque os dados de cada município não são repassados diariamente, segundo o diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, Luis Antonio Silva.
A Folha contatou as vigilâncias epidemiológicas de dez cidades que sofreram com enchentes. Foram registrados pelos municípios 262 casos de suspeita da doença até ontem.
O lote de exames que confirmou os cinco casos ontem também descartou a possibilidade da doença em 30 dessas 262 pessoas que fizeram o exame.
Causada por uma bactéria que é contraída no contato com a urina principalmente de ratos, a leptospirose tem como sintomas febre, dor-de-cabeça intensa e dores musculares. A doença pode levar à morte.

Casos suspeitos
As cidades com o maior número de suspeitas -Blumenau (110), Itajaí (58) e Ilhota (38)- são três das mais afetadas pelas cheias e deslizamentos.
Para ser um caso suspeito, além dos sintomas da doença, o paciente precisa relatar que entrou em contato com a água da enchente ou que freqüentou áreas com indício de esgoto e proliferação de ratos.
Em Blumenau, município com maior número de pessoas com suspeita de terem contraído a doença, apenas 6 dos 110 pacientes estão internados, dois em estado leve e um moderado, de acordo com a Defesa Epidemiológica da cidade.
Após ser constatada a suspeita da doença, o paciente começa a ser medicado. Sete dias depois de os sintomas aparecerem, é feita a coleta de sangue para exames. O resultado pode demorar mais de dez dias, mas o Estado vem agilizando os testes em função da situação extraordinária.


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