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Após "apagão logístico", SC volta a pedir doação
PABLO SOLANO
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Dezesseis horas após anunciar a suspensão do recebimento de doações para as vítimas
das chuvas em Santa Catarina,
por problemas logísticos e de
armazenagem, o governo do
Estado recuou ontem à tarde ao
informar que continuará a
aceitar donativos.
A Defesa Civil vai utilizar a
estrutura de secretarias de desenvolvimento regional para
armazenar produtos. O Estado
já recebeu mais de 1,5 mil toneladas de alimentos, 1,3 milhão
de litros de água e mais de cem
toneladas de roupas.
As enchentes e deslizamentos provocaram a morte de 118
pessoas no Estado. Até ontem,
32.946 pessoas continuavam
fora de suas casas (5.710 permaneciam em abrigos) e 31 vítimas estavam desaparecidas.
Os alimentos encaminhados
às vítimas das enchentes estão
sendo colocados em lugares
improvisados em seis cidades
afetadas pelos temporais.
Entretanto, com as centrais
de doações lotadas, alimentos e
produtos serão, diz o governo,
estocados também no norte e
no sul do Estado, regiões que
não foram atingidas. O governo
planeja ainda alugar um galpão
para instalar uma central de arrecadação, em Florianópolis.
A Defesa Civil afirma que a
prioridade para doações deve
ser dada a produtos de higiene,
como sabonetes, de limpeza,
como sabão, e também colchões, travesseiros e louças.
Em dinheiro, o volume doado, até a tarde de ontem, por
meio de nove contas bancárias,
passava de R$ 18,2 milhões.
O Corpo de Bombeiros retomou ontem a busca por soterrados no complexo do Baú, perto do município de Ilhota. Somente nessa região são procuradas 29 pessoas.
O acesso ao local continua interditado para civis. Antes, nem
mesmo os bombeiros podiam
atuar na região.
Em Itajaí, uma das cidades
mais afetadas pelas chuvas, 23
pessoas foram detidas desde o
último fim de semana por circular pela cidade durante a noite. A Polícia Militar decidiu
abordar quem andasse pelas
ruas depois das 22h para evitar
saques a casas e a lojas.
Rodovias
Um novo deslizamento ontem impediu a liberação de
uma pista da BR-376 em Tijucas do Sul, no Paraná.
A Polícia Rodoviária Federal
disse haver risco de novas quedas de barreiras na via. A rodovia faz a ligação entre o Paraná
e Santa Catarina e, por causa da
interdição, opera apenas com
duas faixas. Em Santa Catarina,
a BR-470 continua interditada
em Gaspar.
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