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CRISE AÉREA
Participação da TAM no mercado cai para 49%
DA REPORTAGEM LOCAL
Em dezembro, a participação de mercado da TAM
nos vôos domésticos, que
era de 51,6% em novembro, caiu para 49,1%. Já a
da Gol subiu de 35,2% para
37,1%, segundo dados divulgados ontem pela Anac
(Agência Nacional de
Aviação Civil).
Alguns especialistas no
setor acreditam que a crise
enfrentada pelos passageiros da TAM no final do
mês passado teve impacto
na perda de mercado da
companhia aérea. Eles
apontam também o forte
aumento na quantidade de
assentos ofertados pela
Gol, que ganhou participação de mercado, como a
causa principal -a empresa cresceu sua oferta em
55% em relação a dezembro de 2005.
"A influência da crise foi
muito pequena. No final
do mês, todo mundo já estava com passagem marcada", afirma o consultor
especializado em aviação
Paulo Bittencourt Sampaio. "A crise aconteceu
apenas no período dos últimos 10 dias do mês. Contribuiu, mas não foi o principal fator", concorda André Castellini, consultor
da Bain & Company.
Participação
Além da Gol, outras aéreas também ganharam
participação em dezembro: a BRA finalizou o mês
com 4% do mercado (ante
3,16% em novembro) e a
Ocean Air com 2,28% (ante 2,1% em novembro).
"A TAM voou em dezembro com 72% dos assentos ocupados e a Gol
com 69%, mas mesmo assim as pequenas ganharam mercado: isso mostra
que existe espaço para
elas", diz Sampaio.
Apesar de no primeiro
semestre de 2006 a demanda de passageiros ter
crescido a taxas de quase
20% na comparação com
2005, finalizou o ano com
uma média de 12,3% de
crescimento. "Tivemos
um grande leque de promoções de janeiro de 2005
até junho de 2006. No segundo semestre, a demanda cresceu quatro vezes
menos por falta de promoções", diz Sampaio.
Para Castellini, a culpa
também é da operação-padrão. "Se você pensa que
vai gastar três, quatro horas para ir a Belo Horizonte, por exemplo, deixa de
ir. Viajar passou a ser um
tormento".
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