da Reportagem Local

Os confrontos entre perueiros, fiscais e guardas municipais já deixaram quatro mortos e 21 feridos desde o último dia 20, quando a Prefeitura de São Paulo decidiu aumentar quase dez vezes o valor cobrado dos motoristas para a liberação de lotações apreendidas.
Revoltados, os perueiros declararam guerra à fiscalização. Em um sucessão de confrontos, 18 ônibus foram incendiados ou depredados e 6 carros da fiscalização municipal foram danificados na capital e em Guarulhos.
Na sexta-feira, a guerra teve sua pior batalha. Fugindo de um comando dos fiscais e guardas paulistanos, um perueiro de 22 anos -deficiente auditivo e sem habilitação- perdeu o controle da lotação e bateu o veículo. Saldo: três passageiros mortos e 11 feridos.
No fogo cruzado, os governantes se eximem de responsabilidade e trocam acusações.
Para o prefeito Celso Pitta (PTN), a PM deve acompanhar os fiscais e controlar os conflitos. Para o governador Mário Covas (PSDB), o município criou o problema e, agora, deve resolvê-lo com a guarda municipal.
Nesta semana, sem solução à vista, os perueiros prometem voltar às ruas. Os fiscais, também.


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