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São Paulo, quinta-feira, 06 de fevereiro de 2003

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Subprefeitura deve embargar obra hoje

DA REPORTAGEM LOCAL

A obra do conjunto comercial e-Tower deverá ser embargada hoje pela Subprefeitura de Pinheiros (zona oeste). Anteontem, os responsáveis pelo projeto foram notificados e receberam prazo de 48 horas para apresentar documentação provando que a área adicional do subsolo está regular. O papel não existia até ontem.
De acordo com o chefe do setor de fiscalização da subprefeitura, Maurício Monteiro, ao visitar a obra, anteontem, e constatar a existência da parede falsa, ele questionou os engenheiros responsáveis sobre o assunto.
Os técnicos teriam alegado, de acordo com Monteiro, que a construtora possuía um projeto modificativo da planta original, aprovado na prefeitura, que incluía a área construída a mais.
Esse projeto, no entanto, deu entrada ontem na Secretaria Municipal da Habitação.
Pela lei, a construtora deveria ter, na obra, a planta, o alvará e todos os projetos modificativos. Por não tê-los, a Munir Abbud foi multada e intimada a providenciar o comprovante do projeto modificativo em 48 horas -vencidas por volta das 11h30 de hoje.
Segundo a subprefeita Bia Pardi, além do embargo à obra do e-Tower, a construtora poderá ser obrigada a destruir a área irregular e a fechar o buraco do subsolo. "Ele corre o risco de aterrar aquilo", disse o chefe do setor de fiscalização de Pinheiros. Isso porque parte da garagem está sob o novo traçado da rua Funchal.
"O que me espanta é uma construtora, incorporadora ou sei lá o quê usar esse tipo de subterfúgio. Se ela quisesse, poderia ter pedido um modificativo da planta original. Então, por que não começa por aí?", disse a subprefeita.
"A obra já está dentro de uma operação [Urbana Faria Lima] e, por isso, tem a possibilidade de erguer uma área maior [do que outros prédios"... Essa cidade precisa aprender", completou Bia.
Ela afirmou ainda que, "na medida do possível", tem vistoriado as obras da região. A vistoria às obras do e-Tower motivou a subprefeitura a fiscalizar também o edifício vizinho, já construído.
Segundo Monteiro, há dúvidas se o prédio respeitou o recuo obrigatório previsto no projeto de alargamento da Funchal.


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