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Subprefeitura deve embargar obra hoje
DA REPORTAGEM LOCAL
A obra do conjunto comercial
e-Tower deverá ser embargada
hoje pela Subprefeitura de Pinheiros (zona oeste). Anteontem, os
responsáveis pelo projeto foram
notificados e receberam prazo de
48 horas para apresentar documentação provando que a área
adicional do subsolo está regular.
O papel não existia até ontem.
De acordo com o chefe do setor
de fiscalização da subprefeitura,
Maurício Monteiro, ao visitar a
obra, anteontem, e constatar a
existência da parede falsa, ele
questionou os engenheiros responsáveis sobre o assunto.
Os técnicos teriam alegado, de
acordo com Monteiro, que a
construtora possuía um projeto
modificativo da planta original,
aprovado na prefeitura, que incluía a área construída a mais.
Esse projeto, no entanto, deu
entrada ontem na Secretaria Municipal da Habitação.
Pela lei, a construtora deveria
ter, na obra, a planta, o alvará e todos os projetos modificativos. Por
não tê-los, a Munir Abbud foi
multada e intimada a providenciar o comprovante do projeto
modificativo em 48 horas -vencidas por volta das 11h30 de hoje.
Segundo a subprefeita Bia Pardi, além do embargo à obra do e-Tower, a construtora poderá ser
obrigada a destruir a área irregular e a fechar o buraco do subsolo.
"Ele corre o risco de aterrar aquilo", disse o chefe do setor de fiscalização de Pinheiros. Isso porque
parte da garagem está sob o novo
traçado da rua Funchal.
"O que me espanta é uma construtora, incorporadora ou sei lá o
quê usar esse tipo de subterfúgio.
Se ela quisesse, poderia ter pedido
um modificativo da planta original. Então, por que não começa
por aí?", disse a subprefeita.
"A obra já está dentro de uma
operação [Urbana Faria Lima] e,
por isso, tem a possibilidade de
erguer uma área maior [do que
outros prédios"... Essa cidade precisa aprender", completou Bia.
Ela afirmou ainda que, "na medida do possível", tem vistoriado
as obras da região. A vistoria às
obras do e-Tower motivou a subprefeitura a fiscalizar também o
edifício vizinho, já construído.
Segundo Monteiro, há dúvidas
se o prédio respeitou o recuo obrigatório previsto no projeto de
alargamento da Funchal.
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