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ADMINISTRAÇÃO
Plano da prefeitura é implantar neste ano pelo menos mil equipes, que atenderão cerca de 3 milhões de pessoas
PT lança Programa de Saúde da Família
AURELIANO BIANCARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo quer
implantar já neste ano pelo menos mil equipes do Programa de
Saúde da Família. Cerca de 3 milhões de pessoas serão atendidas
nessa fase. Outras 800 a mil equipes devem ser instaladas ao longo
dos próximos três anos da administração petista.
O anúncio foi feito ontem à noite na abertura do seminário que
marca o lançamento do Programa de Saúde da Família. Se a prefeitura cumprir a promessa, será a
maior implantação desse tipo de
programa dentro de um município. Com as 2.000 equipes, podem
ser incluídos no programa de 6 a 7
milhões de pessoas, número estimado de paulistanos atendidos
pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Em São Paulo, cada equipe
custará cerca de R$ 21 mil por mês
em salários. O Ministério da Saúde "entra" com porcentagem que
varia de 30% a 50% desse valor.
Cada equipe do programa é
composta por um médico, um enfermeiro, dois auxiliares de enfermagem e de quatro a seis agentes
comunitários de saúde.
Uma equipe atenderá cerca de
mil famílias. "Neste primeiro ano,
deverão ser contratados 5.248
agentes, selecionados entre os
moradores locais", diz Isamara
Gouvêa, coordenadora do programa no município. Ontem à
noite, no lançamento do programa, a prefeita Marta Suplicy disse
que dará prioridade a mulheres
com mais de 40 anos, como prevê
o "Programa Começar de Novo".
Segundo o secretário Eduardo
Jorge, os agentes devem receber
cerca de R$ 400 mensais, o mesmo que paga o Qualis, programa
realizado pelo Estado em parcerias com instituições e que tem
hoje 150 equipes na cidade.
A idéia do projeto nasceu do
Programa de Agentes Comunitários de Saúde, Pacs, iniciado em
1987 no Ceará. Nesse programa,
as famílias são visitadas apenas
por agentes treinados, que se deslocam a pé, a cavalo ou de bicicleta. Em 1991, o Ministério da Saúde
incorporou o Pacs.
Em abril de 1994, lançou o PSF
em todo o país. Hoje, são 10 mil
equipes, número que deve dobrar
em quatro anos. Segundo Heloisa
Machado, coordenadora de atenção básica do Ministério da Saúde, dos cerca de 5.550 municípios
do país, 3.400 já têm o PSF e outros 1.100, o Pacs.
Luiz Odorico de Andrade, secretário de Saúde de Sobral (CE),
diz que o PSF atende todos os
princípios do SUS: universalidade, integralidade (promoção da
saúde, proteção-vacinação e recuperação), equidade, acessibilidade, resolutibilidade, hierarquização e participação popular.
Seminário sobre o PSF, Centro Cultural
Vergueiro, hoje, a partir das 9h
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