ROGÉRIO PAGNAN
DA FOLHA RIBEIRÃO

Agentes penitenciários apreenderam duas armas e seis telefones celulares e localizaram, ainda, dois túneis na Penitenciária de Araraquara (282 km de SP).
As duas armas -pistolas calibre 380 e 765- foram apreendidas durante as negociações com os detentos da ala B para o término da rebelião, que durou cinco horas, na madrugada de ontem. O agente Ademir Botan, mantido refém durante o tumulto, disse que não sofreu ferimentos graves.
Na operação de revista de ontem, que contou com 85 PMs de Araraquara, Ribeirão Preto e São Carlos e durou todo o dia, foram encontrados seis aparelhos.
A direção da unidade havia encontrado um celular após a megarrebelião, mas os agentes que ficaram reféns afirmaram ter visto pelo menos 20 aparelhos.
Durante as revistas na ala B, considerada o principal foco do tumulto de anteontem, foi achado um túnel que estava sendo escavado pelos presos. O outro foi encontrado na ala A e tinha 6 m.
O diretor da Penitenciária de Araraquara, Jorge Bento de Camargo, foi procurado ontem, mas funcionários afirmaram que ele "estava muito ocupado".
A causa da rebelião não foi esclarecida. Mas funcionários da unidade e familiares de presos disseram que o motivo seria a transferência de 30 a 40 presos na data de ontem.
Eles afirmaram ainda que o local seria transformado em anexo de segurança máxima, como o de Taubaté. A Secretaria da Administração Penitenciária informou que existe um estudo para implantação de anexos no interior, mas nada foi definido.


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