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Ex-funcionários do Carrefour
negam ter chamado traficantes
DA SUCURSAL DO RIO
Três ex-funcionários do supermercado Carrefour em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, negaram ontem, em depoimento à
Justiça, a acusação de terem entregue duas mulheres a traficantes
para que eles as punissem pelo
furto de frascos de protetor solar,
no dia 27 de janeiro. De acordo
com a advogada dos três acusados, Maria de Lourdes Barbosa, a
acusação é "fantasiosa".
Segundo a advogada, os ex-fiscais de loja Flávio Augusto Grachet e José Luís Alcântara e o ex-gerente de segurança Tadeu Mendonça Pinto, que estão presos
preventivamente, disseram na 1ª
Vara Criminal de Jacarepaguá
que eram orientados pela direção
do supermercado a não registrar
na polícia as ocorrências de furto.
Cerca de 40 parentes dos acusados realizaram, em frente ao Fórum de Campinho (zona norte do
Rio), uma manifestação de apoio
aos ex-funcionários do Carrefour.
O ato contou com a adesão de
funcionários uniformizados do
supermercado.
Os manifestantes também negaram a acusação, feita pelas desempregadas Geni Ribeiro Barbosa, 27, e Andréa Cristina dos Santos, 30, de que Geni teria sido entregue a traficantes da Cidade de
Deus, favela vizinha ao supermercado, e torturada.
A denúncia dos três ex-funcionários, sob as acusações de tentativa de homicídio qualificado e
tortura psicológica, foi baseada
no depoimento das duas mulheres, no exame de corpo de delito
de Geni e no depoimento do dono
da tabacaria de onde Andréa telefonou para a polícia, pedindo ajuda para resgatar a amiga.
Grachet, Alcântara e Pinto foram demitidos depois que uma
perícia contratada pelo Carrefour
constatou adulteração nas fitas de
vídeo do circuito interno de segurança. As imagens do vídeo, requisitado pela polícia, eram interrompidas quando as mulheres estavam na sala dos seguranças,
após a devolução dos produtos.
Carrefour
A administração central do Carrefour negou que houvesse orientação aos funcionários da empresa em Jacarepaguá para não registrar na polícia casos de furtos.
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a empresa informou
que a filial, que trabalhava sob a
marca Continente/Market Place,
passou a obedecer às regras da
empresa quando assumiu a sua
bandeira.
Essas regras, segundo a assessoria, determinam que a polícia seja
chamada em caso de pessoas flagradas furtando.
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