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Desativação sai até o fim do ano, afirma entidade
DA REPORTAGEM LOCAL
A assessoria de imprensa
da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) informou ontem que a
desativação total do complexo, que tem atualmente
1.228 internos mas já chegou
a abrigar 1.550, acontecerá
até o final deste ano. A informação também foi confirmada pelo governador de
São Paulo, Cláudio Lembo.
Apesar do relato de que várias unidades foram destruídas durante o motim que começou na noite de terça, a
Febem não previu transferir
os internos do local.
A Febem também não
soube informar qual o prejuízo provocado pela rebelião de ontem.
A presidente da Febem,
Berenice Gianella, foi procurada ontem à tarde para se
manifestar sobre a rebelião
no complexo do Tatuapé,
mas não quis falar com a reportagem. Responsável pela
Febem, a nova secretária da
Justiça e Defesa da Cidadania, Eunice Aparecida de Jesus Prudente, também não
quis dar declarações.
Ainda por meio de sua assessoria, Berenice informou
que a decisão da invasão da
Tropa de Choque nas unidades rebeladas, onde estavam
ao todo 26 funcionários reféns (21 homens e cinco mulheres), foi tomada depois
que se constatou que os rebelados não iriam liberá-los.
A Febem negou ainda as
denúncias de espancamento
contra internos feitas por
Conceição Paganele, presidente da Amar (associação
de mães de internos).
De acordo com a assessoria da instituição, o único incidente ocorreu, há alguns
dias, quando um jovem levou um soco na boca e perdeu três dentes.
O interno, ainda segundo a
Febem, teria tentado atacar
com uma faca o diretor de
uma unidade durante "uma
conversa reservada para resolver problemas" e foi atingido por um funcionário.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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