São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2006

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Desativação sai até o fim do ano, afirma entidade

DA REPORTAGEM LOCAL

A assessoria de imprensa da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) informou ontem que a desativação total do complexo, que tem atualmente 1.228 internos mas já chegou a abrigar 1.550, acontecerá até o final deste ano. A informação também foi confirmada pelo governador de São Paulo, Cláudio Lembo.
Apesar do relato de que várias unidades foram destruídas durante o motim que começou na noite de terça, a Febem não previu transferir os internos do local.
A Febem também não soube informar qual o prejuízo provocado pela rebelião de ontem.
A presidente da Febem, Berenice Gianella, foi procurada ontem à tarde para se manifestar sobre a rebelião no complexo do Tatuapé, mas não quis falar com a reportagem. Responsável pela Febem, a nova secretária da Justiça e Defesa da Cidadania, Eunice Aparecida de Jesus Prudente, também não quis dar declarações.
Ainda por meio de sua assessoria, Berenice informou que a decisão da invasão da Tropa de Choque nas unidades rebeladas, onde estavam ao todo 26 funcionários reféns (21 homens e cinco mulheres), foi tomada depois que se constatou que os rebelados não iriam liberá-los.
A Febem negou ainda as denúncias de espancamento contra internos feitas por Conceição Paganele, presidente da Amar (associação de mães de internos).
De acordo com a assessoria da instituição, o único incidente ocorreu, há alguns dias, quando um jovem levou um soco na boca e perdeu três dentes.
O interno, ainda segundo a Febem, teria tentado atacar com uma faca o diretor de uma unidade durante "uma conversa reservada para resolver problemas" e foi atingido por um funcionário. (ANDRÉ CARAMANTE)


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