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QUEBRA-QUEBRA POR INCLUSÃO
Confusão ocorreu depois de instituição federal rejeitar proposta de reserva de 52% das vagas
Grupo pró-cotas depreda universidade no ES
EDUARDO DE OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA
Uma discussão sobre a adoção
de cotas para afrodescendentes,
indígenas e alunos da rede pública terminou em tumulto, briga e depredação na Ufes (Universidade Federal do Espírito
Santo) ontem pela manhã.
A confusão começou após a
Câmara de Graduação da universidade rejeitar uma proposta
para a reserva de 52% das 2.825
vagas para esses grupos (26%
aos afrodescendentes, 25% aos
alunos das escolas públicas e 1%
aos índios), feita por uma comissão formada por membros da
universidade e dos segmentos.
O ponto de discordância foi o
percentual de 52%, considerado
alto pela maioria dos integrantes
da câmara.
Insatisfeito, um grupo de cerca
de 50 pessoas que defende as cotas invadiu o prédio da pró-reitoria e provocou um tumulto.
Houve depredação de vidraças
e de mobiliário de escritório, e
um aluno foi agredido e hospitalizado. Seguranças intervieram
para conter o tumulto.
A Polícia Federal foi acionada
para avaliar os danos e instaurar
um inquérito, se necessário.
Em fevereiro, representantes
de movimentos sociais, da Andifes (associação de reitores de
instituições federais de ensino
superior) e do Ministério da
Educação fecharam um acordo
que propõe a implementação
das cotas nas federais para estudantes de escola pública, num
prazo de seis anos. A adoção deverá ser gradual, a partir de
12,5% no primeiro ano até alcançar 50% no final do prazo.
Dias antes, a Comissão de
Constituição e Justiça da Câmara havia aprovado um projeto
que prevê a reserva de 50% das
vagas das instituições federais
para alunos que cursaram todo
o ensino médio na rede pública.
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