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INFÂNCIA
Brasil vai a sessão da ONU com apenas 7 metas cumpridas
DA REPORTAGEM LOCAL
Na próxima quarta-feira, mais
de 70 chefes de Estado estarão
reunidos na Sessão Especial sobre
a Criança da ONU (Organização
das Nações Unidas) para avaliar o
desempenho de seus países na última década para melhorar a qualidade de vida das crianças. A cerimônia acontecerá em Nova York,
nos Estados Unidos.
O Brasil estará na convenção,
representado oficialmente pelo
ministro da Educação, Paulo Renato Souza.
Paralelamente ao encontro oficial, mais de 800 ONGs (organizações não-governamentais) de todo o mundo estarão reunidas para debater experiências no combate à mortalidade infantil e no
fomento à educação, à saúde e à
assistência social de menores.
Para a superintendente da Fundação Abrinq, Ana Maria Wilheim, a sessão paralela será um
dos momentos mais ricos do
evento. Nela, serão debatidas experiências que aliam governo e
ONGs para aprimorar o atendimento à infância. "Os governos
têm de entender que podem contar com a sociedade civil", diz.
Avaliação
O Brasil teve 27 metas para a infância e juventude estabelecidas
pela ONU em 1990. Delas, sete foram cumpridas integralmente e
16 parcialmente. A evolução em
quatro quesitos não pôde ser avaliada por falta de dados.
Os principais objetivos atingidos dizem respeito à saúde infantil (erradicação da poliomielite,
tétano neonatal e óbitos por sarampo) e à nutrição (menos
crianças nascendo abaixo do peso). O resultado poderia ter sido
melhor, diz a superintendente da
Abrinq, se a parceria entre iniciativa privada e poder público fosse
mais afinada.
Como exemplo, Ana Maria cita
o programa "Prefeito Amigo da
Criança" (leia texto abaixo), desenvolvido pela Fundação
Abrinq. A proposta estimula os
municípios a pôr o bem-estar da
população infanto-juvenil como
prioridade da gestão.
O encontro da ONU irá possibilitar que experiências de sucesso
como o programa "Prefeito Amigo da Criança" sejam aperfeiçoadas e exportadas para outros países do mundo.
Futuro
As perspectivas para a década
atual são boas, segundo a superintendente da Abrinq. "A importância do terceiro setor está crescendo no país. Agora é questão de
trabalhar em cima das novas metas da ONU."
As áreas de infância e educação
são, no Brasil, as que concentram
maior volume de recursos originários da iniciativa privada.
A convenção não prevê punições para os países que não atingiram as metas.
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