São Paulo, segunda-feira, 06 de maio de 2002

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ADMINISTRAÇÃO

Secretaria dará cestas básicas e cobertores

Desabrigados receberão ajuda da prefeitura 2 dias após incêndio

FÁBIO PORTO SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL

As 32 famílias que tiveram os barracos destruídos pelo incêndio ocorrido anteontem na favela Paraguai, no Ipiranga (zona sul), só hoje irão receber assistência da Prefeitura de São Paulo. A Secretaria da Assistência Social prometeu distribuir, a partir das 9h, cestas básicas e cobertores.
Os desabrigados recusaram as ofertas da prefeitura para ficar em alojamentos provisórios. As famílias reclamam das condições dos abrigos e alegam que se deixarem o local, a prefeitura não os deixará retornar. A área pertence à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).
O catador de papel José Osmando, 31, que morava num barraco com mais sete pessoas, preferiu ficar na casa de amigos. "No abrigo fica todo mundo junto, no chão."
Wilson Grasselli, 64, morava com a mulher em um barraco que foi queimado pelo incêndio. "Em três minutos o fogo tomou conta de tudo. Já não tinha nada e agora fiquei pior". Grasselli, que não tem para onde ir, preferiu dormir em um barraco próximo, parcialmente destruído pelo fogo, para impedir que alguém construísse no local onde ficava sua casa.
A Associação dos Moradores de Nova Paraguai pede que a população doe madeira, cobertores e alimentos. O vice-presidente da associação, Adão Gomes, pede que elas sejam encaminhadas à Creche Boa Esperança, na avenida Dr. Francisco Mesquita. "Se a prefeitura quisesse ajudar, traria madeira para que pudéssemos reconstruir nossas casas."
O incêndio destruiu 32 barracos e cerca de 106 pessoas ficaram desabrigadas.


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