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AMBIENTE
Secretário de Meio Ambiente afirma que governo irá avaliar, a partir de junho, condição de saúde de moradores
Famílias serão monitoradas após remoção
DA REPORTAGEM LOCAL
As 450 famílias que moram hoje
na área contaminada onde está a
favela Paraguai (zona leste) terão
acompanhamento médico após
serem transferidas para um conjunto habitacional da CDHU.
Segundo o secretário de Estado
do Meio Ambiente, José Goldemberg, a secretaria mantém convênio com a Vigilância Sanitária para cuidar do assunto. Na entrevista concedida ontem, ele tentou
minimizar as complicações futuras que os moradores poderão ter.
O secretário confirmou a existência de metano e compostos orgânicos, inclusive benzeno, no
subsolo da favela, mas, de acordo
com ele, as substâncias estão confinadas no subsolo. O risco agudo
de explosão ou liberação dos gases foi descartado, mas o crônico,
percebido a longo prazo, não.
"Esse monitoramento das condições de saúde da população que
estava no local será feito a posteriori", afirmou Fernando Rei, diretor de Controle de Poluição
Ambiental da Cetesb, na coletiva.
"Uma vez [as famílias" alojadas,
é possível fazer um trabalho de
monitoramento para saber se
houve algum impacto na saúde da
população. É importante verificar
o seguinte: essas pessoas não estão expostas só às condições do
solo, são pessoas que vivem à
margem de qualquer infra-estrutura no local", afirmou Rei.
Segundo Goldemberg, a descontaminação da área da favela
Paraguai pode sair tão cara que o
governo estuda somente cercar o
terreno e implantar um bosque.
"É a sugestão que discutimos
atualmente com a Sabesp."
Rei afirmou ainda que somente
a retirada das substâncias tóxicas
do subsolo deverá custar "a partir
de R$ 3 milhões", e, ainda assim,
isso não significará que o terreno
terá sido descontaminado.
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