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São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2003

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AMBIENTE

Secretário de Meio Ambiente afirma que governo irá avaliar, a partir de junho, condição de saúde de moradores

Famílias serão monitoradas após remoção

DA REPORTAGEM LOCAL

As 450 famílias que moram hoje na área contaminada onde está a favela Paraguai (zona leste) terão acompanhamento médico após serem transferidas para um conjunto habitacional da CDHU.
Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente, José Goldemberg, a secretaria mantém convênio com a Vigilância Sanitária para cuidar do assunto. Na entrevista concedida ontem, ele tentou minimizar as complicações futuras que os moradores poderão ter.
O secretário confirmou a existência de metano e compostos orgânicos, inclusive benzeno, no subsolo da favela, mas, de acordo com ele, as substâncias estão confinadas no subsolo. O risco agudo de explosão ou liberação dos gases foi descartado, mas o crônico, percebido a longo prazo, não.
"Esse monitoramento das condições de saúde da população que estava no local será feito a posteriori", afirmou Fernando Rei, diretor de Controle de Poluição Ambiental da Cetesb, na coletiva.
"Uma vez [as famílias" alojadas, é possível fazer um trabalho de monitoramento para saber se houve algum impacto na saúde da população. É importante verificar o seguinte: essas pessoas não estão expostas só às condições do solo, são pessoas que vivem à margem de qualquer infra-estrutura no local", afirmou Rei.
Segundo Goldemberg, a descontaminação da área da favela Paraguai pode sair tão cara que o governo estuda somente cercar o terreno e implantar um bosque. "É a sugestão que discutimos atualmente com a Sabesp."
Rei afirmou ainda que somente a retirada das substâncias tóxicas do subsolo deverá custar "a partir de R$ 3 milhões", e, ainda assim, isso não significará que o terreno terá sido descontaminado.


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