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OUTRO LADO
Advogado afirma que delegado não ocupava função na empresa
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado Luiz Flávio Borges
D'urso, contratado pelo delegado,
disse ontem que está "havendo
uma confusão" entre a pessoa física Paulo Fleury e a pessoa jurídica
Fleury Consultoria S/C Ltda.
Segundo ele, o delegado é sócio
com a mulher na prestadora de
serviço, mas sem ocupar função
nela, como exige a lei. Uma outra
pessoa gerencia o negócio. ""Ele
não assina nada", diz, destacando
que os contratos da firma não interferem na função do policial.
Sobre as mercadorias da delegacia apreendidas no galpão, onde a
Fleury tem uma sala, disse que o
delegado nomeou uma outra empresa, a Master, como depositária
do material. "Quando o Estado
não tem espaço para guardar
mercadoria que apreende, o delegado pode nomear depositários."
A Master, que alugou o galpão e
teria sublocado uma sala para a
Fleury Consultoria, segundo o advogado, ficaria responsável pelo
material até a Justiça decidir o que
fazer com ele. A Folha não conseguiu localizar quem são os representantes da Master na capital.
O advogado não soube informar por que essa empresa, e não
outra, foi nomeada depositária.
A investigação contra Fleury foi
solicitada pela juíza-corregedora
do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), Ivana David
Boriero, depois de ele ter presenteado quatro escrivãs, próximas a
ela, com bolsas falsificadas da
marca francesa Louis Vuitton.
Sobre as linhas telefônicas instaladas no Deic, as quais desconhecia, disse que não há crime. ""Há
incontáveis funcionários públicos
que utilizam aparelhos pessoais
no trabalho", afirmou. O Estado
não reembolsava os valores gastos
com os dois telefones.
O advogado da Fleury Consultoria não foi encontrado ontem.
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