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São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2003

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HOSPITAIS

Acordos feitos nos últimos cinco anos serão alvo

Ministro vai pedir auditoria em contratos da rede federal no Rio

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse ontem no Rio que pedirá ao Tribunal de Contas da União que faça uma auditoria nos contratos firmados nos últimos cinco anos pelas sete unidades de saúde federais do Estado.
"Há evidências fortes de que o crime organizado tenha um braço na saúde pública", disse Costa, referindo-se às ameaças sofridas pelo diretor do Into (Instituto de Traumato-Ortopedia), Sérgio Luís Côrtes, que vem revendo contratos com fornecedores.
A revisão já resultou na devolução de R$ 2,5 milhões aos cofres públicos desde agosto passado, quando Côrtes assumiu o cargo.
Na semana passada, sua sala foi invadida duas vezes. Em uma delas, em sua cadeira foi deixada uma gravata amarrada a um paletó simulando um enforcamento.
Côrtes e a diretora do HSE (Hospital dos Servidores do Estado), Ana Lipke, estão sob proteção da PF (Polícia Federal). Ela também recebeu ameaças depois que passou a rever contratos.
Segundo o ministro, os funcionários envolvidos nos contratos suspeitos serão afastados. Só no Into, há 48 nessa situação. Ele não deu data para os afastamentos.
Costa anunciou ainda um trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal e a PF, que já instaurou inquérito para investigar as irregularidades nos contratos, lavagem de dinheiro e as ameaças aos diretores.
A PF investiga deste 1999 quatro hospitais. O HSE, o Into, o Instituto Nacional do Câncer e o Hospital Geral de Bonsucesso.
"Existem denúncias em praticamente todos os hospitais do Rio", disse o ministro da Saúde.


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