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HOSPITAIS
Acordos feitos nos últimos cinco anos serão alvo
Ministro vai pedir auditoria em contratos da rede federal no Rio
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O ministro da Saúde, Humberto Costa, disse ontem no Rio que
pedirá ao Tribunal de Contas da
União que faça uma auditoria nos
contratos firmados nos últimos
cinco anos pelas sete unidades de
saúde federais do Estado.
"Há evidências fortes de que o
crime organizado tenha um braço
na saúde pública", disse Costa, referindo-se às ameaças sofridas
pelo diretor do Into (Instituto de
Traumato-Ortopedia), Sérgio
Luís Côrtes, que vem revendo
contratos com fornecedores.
A revisão já resultou na devolução de R$ 2,5 milhões aos cofres
públicos desde agosto passado,
quando Côrtes assumiu o cargo.
Na semana passada, sua sala foi
invadida duas vezes. Em uma delas, em sua cadeira foi deixada
uma gravata amarrada a um paletó simulando um enforcamento.
Côrtes e a diretora do HSE
(Hospital dos Servidores do Estado), Ana Lipke, estão sob proteção da PF (Polícia Federal). Ela
também recebeu ameaças depois
que passou a rever contratos.
Segundo o ministro, os funcionários envolvidos nos contratos
suspeitos serão afastados. Só no
Into, há 48 nessa situação. Ele não
deu data para os afastamentos.
Costa anunciou ainda um trabalho em conjunto com o Ministério Público Federal e a PF, que já
instaurou inquérito para investigar as irregularidades nos contratos, lavagem de dinheiro e as
ameaças aos diretores.
A PF investiga deste 1999 quatro
hospitais. O HSE, o Into, o Instituto Nacional do Câncer e o Hospital Geral de Bonsucesso.
"Existem denúncias em praticamente todos os hospitais do Rio",
disse o ministro da Saúde.
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