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Prostitutas vêem "lógica perversa"
DA REPORTAGEM LOCAL
A Rede Brasileira de Prostitutas
divulgou nota em que afirma que
o governo norte-americano "está
se utilizando da lógica perversa e
absurda de que não há outras formas de prevenção além de se extirpar o sexo". "Na realidade, é o
sexo desprotegido que contribui
para a epidemia", afirma o texto.
A nota destacou positivamente
o desejo do governo norte-americano de continuar negociando e
também que os dois países têm
uma posição igual, a de veto ao
tráfico de seres humanos para fins
sexuais.
Segundo Gabriela Leite, que
coordena a rede, as 25 entidades
que a integram entendem que é
um direito das mulheres utilizar
seus corpos para o trabalho. "Todas as pessoas usam o corpo para
trabalhar. Utilizamos os nossos
para o sexo."
Em 2002, a atividade de profissional do sexo entrou na classificação de ocupações do Ministério
do Trabalho, o que significa que a
categoria pode recolher contribuição para a Previdência Social.
A prostituição no Brasil não é
crime. Sua exploração, sim. A rede briga agora para a legalização
das casas de prostituição como
maneira de garantir condições
dignas de trabalho para profissionais do sexo.
O coordenador nacional de
DSTs/Aids do Ministério da Saúde, Pedro Chequer, diz que ficou
surpreso "com a postura discriminatória" em relação a trabalhadores do sexo adotada pelo governo dos EUA. "De algum modo colocam nas prostitutas, nos trabalhadores sexuais, a responsabilidade pela disseminação da Aids."
A embaixada dos EUA não quis se
manifestar.
(FL)
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