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CRIME ELEITORAL
Prefeito e vice de Ilhabela são cassados
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
A Justiça Eleitoral cassou ontem
o mandato do prefeito de Ilhabela
(217 km de SP), Manoel Marcos
de Jesus Ferreira (PTB), e do vice
dele, Antônio Carlos Cajado Simões (PL). Eles são acusados de
uso da máquina administrativa e
abuso de poder econômico durante a campanha para as eleições
municipais do ano passado,
quando foram reeleitos. O advogado de defesa nega as acusações
e disse que irá recorrer.
A decisão é do juiz Luiz Antônio
Carrer e atende a ação movida pela coligação formada por PSDB e
PRTB de Ilhabela. O juiz determinou ainda a inelegibilidade de
ambos por três anos.
A decisão tem efeito imediato.
O prefeito e o vice perdem o cargo
assim que forem notificados. Nesse caso, quem assume é o presidente da Câmara. Eles só se mantêm no cargo por meio de efeito
suspensivo, concedido pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Segundo o advogado da coligação, Francisco de Almeida Prado
Filho, o crime eleitoral ocorreu
em setembro de 2004. Prefeito e
vice teriam usado uma festa patrocinada pela prefeitura para fazer um dos comícios da campanha. "Além disso, utilizaram como símbolo de campanha uma
vela náutica, que é símbolo de
Ilhabela." Ele afirmou que os artigos da lei eleitoral desrespeitados
foram o 73 e o 74. O primeiro
proíbe o uso de bens públicos
móveis e imóveis em benefício
próprio. O segundo, o uso de servidores, ou de seu trabalho, em
campanhas eleitorais.
O advogado de defesa, Hélio Silveira, nega as irregularidades. Ele
confirmou que a estrutura da festa foi emprestada pela prefeitura,
mas disse que os equipamentos
usados no comício, como o palanque, foram pagos com dinheiro da campanha. "Nos parece que
essa decisão [de cassar o mandato
do prefeito e do vice] é extremada. Por isso vamos recorrer."
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