São Paulo, terça-feira, 06 de maio de 2008

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Com fissuras na casa, moradora diz viver "depredação silenciosa'

DA REPORTAGEM LOCAL

Dois bares e uma clínica de estética são os únicos estabelecimentos comerciais nas ruas Francisco Isoldi e Borges de Barros. O restante são edifícios residenciais e sobrados -um deles é o da empresária Eleonora Costal, 51, que tem fissuras nas paredes e no teto.
Em dezembro, um engenheiro da prefeitura confirmou que as fissuras se devem ao tráfego de caminhões e ônibus. Porém, a casa de três andares não corre risco de desabar.
"Já acordei no meio da noite com o barulho de janelas quebradas", diz a empresária, que refez as esquadrias da casa com isolamento para diminuir o atrito dos vidros, o que não resolveu o problema.
"Tem horas em que não ouço a televisão. O que está acontecendo aqui é uma depredação silenciosa", diz ela, que teme a desvalorização imobiliária.
Além do barulho dos motores, as buzinas não dão paz ao editor de áudio Bernardo Torres. Nem o revestimento acústico de seu estúdio, em casa, contém os ruídos -o jeito, diz, é trabalhar de madrugada.
Embora boa parte das ruas da zona oeste tenha características locais (residenciais, impróprias ao trânsito intenso), o PDE (Plano Diretor Estratégico) as classifica como coletoras (comerciais, apropriadas a grandes fluxos). A subprefeitura chegou a fazer um estudo em 2006 para que as vias passassem a ser locais, mas a proposta não foi adiante.


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