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Com fissuras na casa, moradora diz viver "depredação silenciosa'
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois bares e uma clínica de
estética são os únicos estabelecimentos comerciais nas ruas
Francisco Isoldi e Borges de
Barros. O restante são edifícios
residenciais e sobrados -um
deles é o da empresária Eleonora Costal, 51, que tem fissuras
nas paredes e no teto.
Em dezembro, um engenheiro da prefeitura confirmou que
as fissuras se devem ao tráfego
de caminhões e ônibus. Porém,
a casa de três andares não corre
risco de desabar.
"Já acordei no meio da noite
com o barulho de janelas quebradas", diz a empresária, que
refez as esquadrias da casa com
isolamento para diminuir o
atrito dos vidros, o que não resolveu o problema.
"Tem horas em que não ouço
a televisão. O que está acontecendo aqui é uma depredação
silenciosa", diz ela, que teme a
desvalorização imobiliária.
Além do barulho dos motores, as buzinas não dão paz ao
editor de áudio Bernardo Torres. Nem o revestimento acústico de seu estúdio, em casa,
contém os ruídos -o jeito, diz,
é trabalhar de madrugada.
Embora boa parte das ruas da
zona oeste tenha características locais (residenciais, impróprias ao trânsito intenso), o
PDE (Plano Diretor Estratégico) as classifica como coletoras
(comerciais, apropriadas a
grandes fluxos). A subprefeitura chegou a fazer um estudo em
2006 para que as vias passassem a ser locais, mas a proposta
não foi adiante.
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