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Vendedor faz busca paralela para achar filha
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O vendedor de churrasco Alcemir Delfino Cruz,
37, diz ter perdido a conta
do quanto já navegou na
voadeira (canoa de alumínio com motor de popa)
pelo rio Solimões em busca da filha, a estudante
Sherllys Santos Cruz, 18,
desaparecida no naufrágio
do barco Comandante Sales, anteontem.
"Estou com fome e sede,
mas não desisto até encontrar minha filha. Ela é
a coisa mais importante da
minha vida", disse ele, que
conta com apoio de pescadores de Manacapuru.
Cruz diz ter decidido fazer buscas independentes
da Marinha por achar pequeno o número de mergulhadores envolvidos
-seis. "Até agora [18h41
em Brasília], não vi um helicóptero percorrer a área
do acidente. Daqui a pouco, eles [mergulhadores]
vão parar, mas não vou desistir", disse, por celular.
Sandrely Cruz, 31, tia de
Sherllys, disse que a jovem
foi à festa religiosa na comunidade do Lago do Pesqueiro no sábado, acompanhada da prima, Joely
Cruz, que sobreviveu. Ela
contou à família que, na
hora do acidente, deu a
mão à Sherllys para que
pulassem juntas no rio.
"Ela [Sherllys] soltou a
mão da prima porque a
força da água foi muito
forte", disse Sandrely.
A Marinha diz que 70
militares participam das
ações de buscas. Afirma
ainda que um helicóptero
vasculhou a região ontem
e voltará ao local hoje.
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