São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011

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Fundação Theatro Municipal é aprovada

Projeto votado ontem na Câmara prevê gestão privada do teatro paulistano e precisa ser sancionado pelo prefeito

Complexo pode captar recursos fora da alçada municipal, mas ainda receberá dinheiro da Prefeitura de São Paulo


DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


A Câmara de SP aprovou ontem, em segunda votação, o projeto de lei do prefeito Gilberto Kassab que abre caminho para a que a administração do Theatro Municipal seja feita pela iniciativa privada.
O projeto acaba com o Departamento do Theatro Municipal, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura, e cria a Fundação Theatro Municipal, um órgão composto por uma série de instâncias e conselhos e que terá autonomia administrativa e financeira para contratar funcionários, especialistas e integrantes dos corpos artísticos.
A fundação também poderá firmar parcerias e adotar novas formas de captação de recursos, mas continuará recebendo dinheiro do Orçamento. Em 2010, o complexo do Theatro Municipal recebeu R$ 31,4 milhões.
O projeto regulamenta que a fundação deve selecionar uma organização social de interesse público para fazer a gestão do complexo.
Para virar lei, o projeto ainda precisa ser sancionado por Kassab. Na justificativa, o prefeito afirma que o teatro "ganhou a dimensão institucional que hoje ostenta, porém sem possuir autonomia administrativa e orçamento compatível com sua importância e tamanho".
Além do Theatro Municipal, serão incorporados à fundação todos os corpos artísticos a ele ligados, como a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Coral Lírico, o Coral Paulistano e o Balé da Cidade, entre outros.

REPERCUSSÃO
Músicos da Orquestra Sinfônica ouvidos pela Folha avaliam de forma positiva a aprovação do projeto de lei.
"Temos que pensar no que é melhor para a orquestra, porque maestro, músico e político passam", diz o percussionista Paschoal Roma, 55, há 33 anos concursado.
Para Jacy Guarani, 58, há 20 anos soprano do Coral Lírico, o momento não é de euforia. "A sociedade tem que ficar atenta a quem será indicado para a gestão porque falamos de um patrimônio da cidade", disse.


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