São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011 |
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França resgata 1º corpo, mas identificação é incerta Estado de degradação no mar pode inviabilizar exames, afirma coronel Cadáver retirado estava afivelado a poltrona do avião da Air France e tinha aspecto "bastante degradado", diz polícia ANA CAROLINA DANI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE PARIS As autoridades francesas não sabem ainda se poderão identificar os corpos dos passageiros do avião da Air France que estão sendo retirados do fundo do Atlântico. O primeiro corpo foi resgatado ontem pelo robô Remora 6000, o mesmo usado para retirar os destroços. Peritos criminais já recolheram amostras do corpo. Os primeiros testes de DNA serão feitos a partir do final da semana que vem. As amostras serão levadas para Paris com as caixas-pretas da aeronave e enviadas a um laboratório especializado. O Airbus A-330, que fazia a rota Rio-Paris, caiu no mar em 31 de maio de 2009, matando as 228 pessoas a bordo. Um mês depois, 50 corpos foram encontrados no mar e resgatados -20 deles eram de brasileiros. O coronel François Daust, diretor do Instituto de Pesquisas Criminais da Polícia Militar francesa, disse à Folha que não se sabe se as vítimas poderão ser identificadas, devido às condições de conservação e ao estado de degradação dos corpos, que passaram quase dois anos a 4.000 m de profundidade. Segundo Daust, caso as vítimas não possam ser identificadas, caberá à Justiça francesa decidir, após consultar as famílias dos passageiros, se o resgate continua. Conseguir uma identificação confiável a partir do DNA não é trivial. O grande problema é a contaminação: o contato com microrganismos ou animais marinhos exige métodos sofisticados para conseguir "pescar" o DNA humano que se busca. Se ossos intactos e grandes forem recuperados, a parte interna do osso tem mais chance de ter "protegido" o material celular e, portanto, de servir de base para um teste de DNA confiável. CORPO "DEGRADADO" Segundo a Polícia Militar francesa, o primeiro corpo, encontrado afivelado a uma das poltronas da aeronave, apresentava um aspecto "bastante degradado". A equipe de resgate já havia tentado içar, anteontem, um primeiro cadáver, sem sucesso. "Os ossos foram completamente desarticulados e tivemos que abandonar o corpo", disse Daust. Colaborou REINALDO JOSÉ LOPES, de São Paulo Texto Anterior: Outro lado: Vereador e chefe da Defesa Civil negam irregularidade Próximo Texto: Associação de familiares se diz aliviada Índice | Comunicar Erros |
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