em São Paulo

O Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde prepara um cadastro informatizado com dados sobre todos os laboratórios e distribuidoras de medicamentos.
A idéia é colocar o cadastro na Internet e nos centros regionais de fiscalização. Assim, um cliente ou comerciante que esteja em dúvida sobre a idoneidade do comerciante ou fabricante poderá consultar a lista e chamar a fiscalização, em caso de suspeita.
A operação de ontem foi desencadeada por uma denúncia anônima, com um frasco de medicamento enviado pelo correio. A blitz começou a ser planejada há um mês pela Vigilância Sanitária e pelo Depatri (Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio).
Quando os fiscais e policiais chegaram ao laboratório Naturavit, tiveram que arrombar a porta, porque os fiscais se recusavam a abrir o estabelecimento. Dez funcionários foram detidos.
Duas funcionárias foram autuadas por desacato à autoridade. Uma delas, muito nervosa, estapeou o delegado Antônio de Olim. Até o final da tarde, só André Frondana Gonçalves da Silva, possivelmente gerente do laboratório, não havia ainda sido liberado.
A polícia não conseguiu localizar os proprietários dos estabelecimentos interditados ou seus advogados.
"Preciso do laudo do Adolfo Lutz para saber se os remédios são falsos ou não. Essas pessoas são apenas funcionários, queremos os proprietários", afirmou o delegado Marcelo Teixeira, do Depatri.



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