|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GREVE
Propostas serão discutidas pelos professores das federais na 2ª
Docentes já aceitam negociar reajuste diferenciado com MEC
da Sucursal de Brasília
A Andes (entidade que reúne os
docentes das instituições de ensino superior) já aceita negociar
com o MEC um reajuste diferenciado para os professores, que varia de 20,40% a 70,83%.
Até o início dessa semana, o comando nacional de greve defendia
o aumento salarial linear de
48,65%.
A primeira proposta recebe a
preferência da Andes. No entanto,
as duas propostas serão colocadas
em votação nas assembléias que a
categoria realiza nos Estados até a
próxima segunda-feira.
Os professores deverão escolher
uma para ser apresentada como
posição oficial da categoria ao
MEC (Ministério da Educação) na
terça-feira.
A proposta que recebe a preferência da Andes significa um reajuste médio de 47,17%, que incidirá sobre vencimento básico, sem
considerar as vantagens pessoais,
como gratificações e anuênios.
Ela privilegia o regime de dedicação exclusiva e incentiva os professores a obter a titulação de mestrado ou doutorado. Os professores com graduação e especialização também estão contemplados.
A proposta eleva o piso recebido
hoje pelo professor de 1º e 2º graus
de R$ 81,22 para R$ 145,00, o que
corresponde a um reajuste de
78,53%. Na carreira de ensino superior, o vencimento básico do
professor nível auxiliar 1 passa de
R$ 122,31 para R$ 195,00.
Para incentivar os professores a
buscar o aperfeiçoamento, a especialização, o mestrado ou o doutorado, será aplicado um acréscimo
percentual por titulação, que varia
de 5% a 80%. Ou seja, o professor
com título de mestrado hoje tem
um acréscimo no vencimento de
25%, que, caso a proposta seja
aprovado, seria elevado para 40%.
A presidente da Andes, Maria
Cristina Morais, disse que a primeira proposta é defendida com
preferência porque possibilita
corrigir distorções salariais que
afetam a carreira da categoria.
Ela disse que essa proposta estimula a ascensão profissional dentro de um plano de carreira. "Estamos ampliando um incentivo
que hoje já existe".
Esse item, segundo ela, é o ponto
de divergência da proposta do
MEC, que vincula reajuste salarial
a um aumento do nível de produtividade, privilegiando aumento
da carga horária na sala de aula em
detrimento do trabalho de pesquisa e das atividades de extensão.
Pernambuco
Os médicos do Hospital das Clínicas da UFPE, em Recife (PE),
decidiram ontem entrar greve na
próxima terça-feira.
Um documento informando a
decisão dos médicos foi enviado
pela Adufepe (Associação dos Docentes da Universidade Federal de
Pernambuco) para o comando nacional do movimento, em Brasília.
Os serviços essenciais do Hospital das Clínicas funcionarão normalmente durante a greve, segundo a diretora da Adufepe, Márcia
Correia.
A categoria decidiu entrar em
greve porque os professores que
também trabalham como médicos
tiveram os salários cortados.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|