da Reportagem Local

A implantação da disciplina de educação ambiental nas escolas brasileiras divide os especialistas em meio ambiente.
Embora concordem sobre a importância da conscientização ambiental da população, os especialistas não chegam a um acordo sobre a forma como isso pode ser feito.
As divergências apareceram ontem, durante o seminário "Gestão Ambiental para o Estado de São Paulo", promovido pela Secretaria do Meio Ambiente, em comemoração ao Dia Internacional do Meio Ambiente.
Para o professor de engenharia ambiental da Unitins (Universidade do Estado de Tocantins), Eudes de Oliveira Mattar, "a educação ambiental deve estar em todos os níveis, da escola à universidade".
"Hoje, no Brasil, as noções sobre preservação ambiental não são passadas em uma disciplina específica e também não aparecem em outras matérias. Ter consciência ecológica significa exercitar a cidadania", disse.
Hélvio Moisés, do Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal), diz ser pertinente a discussão sobre a inclusão do ensino de meio ambiente nas escolas, mas questiona quem daria tais aulas'. "Um professor especializado ou um multidisciplinar? Temos, inclusive, carência de especialistas nessa matéria específica."
O coordenador da entidade ambientalista SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, acha que o ensino mais consistente sobre poderia ficar a cargo de ONGs.
"As escolas poderiam introduzir o assunto e as ONGs aprofundariam o ensino das questões ambientais para os interessados", disse Mantovani.

Projeto de pesquisa

Durante o seminário, a secretária-adjunta da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, Vera Bononi, e o reitor da Unisa (Universidade de Santo Amaro), Sidney Storch Dutra, assinaram um termo de cooperação técnica para o desenvolvimento de um programa conjunto de pesquisa e de educação ambiental na ilha dos Eucaliptos, na represa Guarapiranga.



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