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Preso é considerado doente "fronteiriço'
da Reportagem Local
O psiquiatra forense Guido Palomba afirma que Francisco Costa
Rocha foi considerado desde a primeira vez em que foi preso um psicopata fronteiriço, ou seja, uma
pessoa que está entre a normalidade e a doença mental.
Isso não quer dizer que a pessoa
alterne período de lucidez e de
loucura. "A pessoa é sempre fronteiriça. Ela apresenta normalidade, mas é desprovida de sentimentos como a piedade e de valores
éticos e morais. Ela sente, por
exemplo, prazer em dar sofrimento às suas vítimas."
Segundo o médico, o fronteiriço
é considerado irrecuperável. "É
mais fácil tratar de um doente
mental", diz.
Palomba explica que o psicopata
fronteiriço, diferentemente do
doente mental, não apresenta sintomas como alucinação ou delírios, que são sensíveis aos psicofármacos.
"O doente mental que comete
crimes devido a uma alucinação,
teoricamente, se eliminarmos as
alucinações, acabamos com a possibilidade de crime."
O médico diz que não tem contato há muito anos com Chico Picadinho e que, por isso, não gostaria
de emitir opinião sobre a possibilidade de ele ser solto.
"O que sei é que na história da
psiquiatria não existe nenhum caso em que foi possível fazer nascer
em um fronteiriço os valores éticos e morais."
(RK)
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