São Paulo, sábado, 6 de junho de 1998

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Esquartejou duas mulheres

da Reportagem Local

Francisco Costa Rocha matou e esquartejou duas mulheres nas décadas de 60 e 70. Daí o apelido, Chico Picadinho.
A primeira vítima foi a dançarina austríaca Margaret Suida. Rocha a matou no dia 3 de agosto de 1966, no apartamento onde ele morava, na rua Aurora (centro de São Paulo). Na época, ele trabalhava como corretor em um consórcio e dividia o apartamento com um médico.
Ele usou tesouras e giletes para cortar todo o corpo da dançarina. Deixou os pedaços na banheira e viajou para o Rio de Janeiro, onde nasceu, para visitar a mãe.
Rocha foi preso no Rio e acabou condenado a 17 anos e 6 meses -15 anos pela morte e 2 anos e 6 meses pela destruição do corpo.
Como teve um ótimo comportamento, Rocha obteve liberdade condicional em 1974. Dois anos depois, no dia 18 de outubro de 1976, voltou a matar e a esquartejar.
Dessa vez a vítima Ângela de Souza Silva, que Rocha conheceu num bar da galeria 24 de Maio. Ela foi morta num apartamento da avenida Rio Branco (também no centro de São Paulo).
Rocha usou canivetes e um serrote para cortar o corpo dela. Colocou os pedaços numa mala e a deixou na sacada do prédio.
Nos dois crimes, Rocha colocou alguns pedaços do corpo das vítimas no vaso sanitário.
Pelo segundo crime, Rocha foi condenado a 20 anos de prisão -que ainda foram somados aos anos que restavam da primeira condenação.
Como trabalhou mais de 2.000 dias na prisão, obteve remissão de pena e, portanto, sua saída estava marcada para amanhã.
Quando foi preso, ele foi considerado semi-inimputável, por ser psicopata fronteiriço e recebeu duas sentenças: uma pena privativa de liberdade e uma medida de segurança.
Em 1984, no entanto, a lei mudou, passando a ser admitida apenas uma aplicação. O Tribunal de Justiça de São Paulo, então, cassou a medida de segurança e Rocha ficou apenas com a pena. (RK)



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