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Suspeito diz ser perseguido pela polícia
da Reportagem Local
Ricardo Ramos de Miranda nega
todas as acusações feitas contra ele
e atribui sua prisão a uma perseguição da polícia.
Ele diz estar sendo perseguido
por ter denunciado um delegado e
dois investigadores do Guarujá
que teriam roubado sua casa. "A
polícia é muito unida", diz.
Leia a seguir, trechos da entrevista que o acusado deu à Folha na
manhã de ontem.
(AM)
Folha - O que você tem a dizer
sobre a acusação de estelionato?
Ricardo Ramos de Miranda -
Não sei, porque eu não fui ouvido.
Folha - Há pelo menos 28 inquéritos contra você correndo.
Miranda - Isso aí é o seguinte.
Um delegado e dois investigadores
do Guarujá invadiram minha casa
e roubaram vários objetos. Eu denunciei à Corregedoria. Desde então venho sendo perseguido e
ameaçado. A polícia civil é muito
unida, faz o que quer com a vida
das pessoas.
Folha - O empresário Gilberto
Duranzi diz que você pagou os
equipamentos que comprou dele
com cheques roubados.
Miranda - Eu não conheço essa
pessoa.
Folha - Você sabe do paradeiro
de Robson Vicentin?
Miranda - Ele fugiu com a Andréa, uma advogada amiga nossa.
Folha - Uma das suas empresas...
Miranda - Eu não tenho empresas. Quem tem são as pessoas
que moram comigo.
Folha - A empresa Stanford Travel não é sua?
Miranda - Não. É do meu cunhado, José Antônio do Nascimento.
Folha - Uma pessoa de nome Sérgio Gonçalves Ferreira diz que essa empresa foi aberta com documentos que foram roubados dele.
Miranda - Quem usou esses documentos foi um sócio que não
podia usar o próprio nome e usou
os do Sérgio, de quem ele disse ser
um amigo.
Folha - Qual a sua profissão?
Miranda - Sou administrador
de empresas aposentado por invalidez, por ter esclerose múltipla.
Folha - E qual a sua renda?
Miranda - Minha mulher e as
outras pessoas que vivem comigo
trabalham, têm empresas.
Folha - Qual o patrimônio dessas
empresas?
Miranda - Uns R$ 7 milhões.
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