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Perícia investiga paletó de promotor
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
O promotor Igor Ferreira da Silva, 31, entregou ontem à polícia o
paletó preto que ele afirma que estava vestindo na madrugada de
anteontem, quando sua mulher,
Patrícia Aggio Longo, grávida de
oito meses, foi morta.
O Instituto de Criminalística fará
na veste um exame residuográfico
para checar se há resíduos de metais, como chumbo e cobre, no paletó do promotor.
Silva entregou o paletó na delegacia central de Atibaia, onde chegou para depor às 12h de ontem,
após o enterro de Patrícia, realizado ontem de manhã.
A polícia, promotores que
acompanham o caso e o procurador-geral de Justiça, Luiz Antonio
Marrey, continuam a afirmar que
o promotor Igor não é suspeito do
crime e que a investigação parte da
hipótese de latrocínio, mas que
outras possibilidades não estão
descartadas.
"O Igor só é vítima até agora. A
mulher dele foi morta, e ele perdeu também o filho que iria nascer", disse o promotor licenciado
Arthur Migliari Júnior, amigo da
família e que está acompanhando
o caso espontaneamente.
Segundo Migliari, o suspeito do
crime seria uma pessoa cujas características batem com as do indivíduo descrito por Igor.
Conhecido como "Romário", o
suspeito estaria fora do Estado, e
seu primeiro nome seria Amaro.
Mas um policial que participa da
investigação pediu ontem a emissoras de TV imagens do promotor
na madrugada de anteontem.
A intenção seria esclarecer se o
terno entregue pelo promotor ontem é ou não o mesmo que usava
na madrugada do crime.
Além do promotor, que se negou
a dar entrevistas após mais de duas
horas e meia na delegacia, depuseram o vigia Daniel Francisco de
Matos e o pedreiro José Conceição. Matos teria visto a picape do
promotor na noite do crime, mas
saiu escondido da delegacia. Conceição disse que nada viu.
O delegado seccional interino de
Bragança Paulista, Luiz Roberto
Torricelli, passou a comandar as
investigações.
O delegado Fernão Dias da Silva
Leme, que comandava a investigação, alegou que deixou o comando
do inquérito por razões pessoais.
Leme estudou com o promotor na
Academia da Polícia Civil.
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