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Cabral afirma que os mortos eram "marginais"
DA SUCURSAL DO RIO
O governador Sérgio Cabral
Filho (PMDB) negou ontem
que as vítimas da ação no complexo do Alemão tenham sido
mortas a sangue-frio. Para ele,
"não adianta ficar fazendo ilações sobre esse tipo de coisa".
"Se o tiro foi pela frente ou
pelas costas, isso é da natureza
do combate. Quem está fazendo isso [a acusação de que policiais podem ter cometido abusos] para tentar desmoralizar o
combate que é feito, está muito
enganado. Isso não vai acontecer de jeito nenhum." Para ele,
"está claro" que os mortos
eram "marginais".
"Barbaridade para mim é espancarem uma empregada em
um ponto de ônibus", afirmou
ele, referindo-se ao caso da doméstica Sirlei Dias de Carvalho,
agredida por cinco jovens de
classe média, no Rio.
A Secretaria da Segurança
Pública do Estado, por meio da
assessoria de comunicação, divulgou que os ferimentos não
significam que tenham havido
espancamentos e torturas. Segundo a assessoria, no local, durante a ação, havia "um cenário
de exceção que foge a qualquer
parâmetro conhecido". Esse
"cenário" seria formado por
"vielas, lugares onde nem sequer há espaço para duas pessoas passarem".
(ST)
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