São Paulo, Terça-feira, 06 de Julho de 1999
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ADMINISTRAÇÃO
Partido também ratificou expulsão de Viscome e de ex-prefeito de Bauru
Após perder o mandato, Garib é expulso do PPB

LILIAN CHRISTOFOLETTI
da Reportagem Local

O ex-deputado estadual Hanna Garib, acusado de ser o beneficiário de uma rede de propina na Regional da Sé (região central de SP), foi expulso ontem do PPB por decisão da Executiva Estadual.
A medida foi vista entre os pepebistas como uma forma de "preservar" o partido, que ficou com a imagem desgastada diante das denúncias de corrupção envolvendo parlamentares.
Além de Garib, o diretório ratificou a expulsão do ex-vereador Vicente Viscome, do ex-prefeito de Bauru Antonio Izzo Filho e de um membro do Diretório Municipal de São Mateus.
O delegado do partido Christopher Rezende explicou que a decisão da expulsão de Garib ocorreu após a cassação de seu mandato, na semana passada.
"Ele (Garib) havia sido suspenso no início de março por falta de provas. Depois de terça-feira (29), quando a Assembléia cassou seu mandato, o partido converteu a suspensão em expulsão", afirmou Rezende, que é membro do Conselho de Ética do PPB.
Garib tem três dias de prazo para recorrer da decisão do partido, a contar da data da notificação, prevista para ocorrer hoje.
O deputado cassado, que foi indiciado por peculato, formação de quadrilha, concussão e prevaricação, negou as acusações e disse que está sendo usado como "bode expiatório".

Viscome
A Executiva Estadual ratificou ainda a expulsão do ex-vereador Vicente Viscome, também envolvido nas denúncias da máfia da propina, e de Antonio Izzo Filho, prefeito afastado de Bauru.
A comissão expulsou ainda o membro do Diretório Municipal de São Mateus Selmo dos Santos Pereira por uso irregular do nome do partido. Viscome e Izzo Filho estavam afastados por liminar (decisão provisória), mas a expulsão foi confirmada ontem.
O ex-vereador é acusado de comandar um esquema de propina na Regional da Penha. Preso desde 31 de março no 29º DP (Vila Diva), Viscome foi denunciado (acusado formalmente) pela promotoria por concussão e formação de quadrilha.
Izzo Filho, por sua vez, é acusado de formação de quadrilha, corrupção passiva, peculato e de ser o mandante de atentados contra vereadores de oposição.
O Tribunal de Justiça decretou no início de março sua prisão preventiva, mas o ex-prefeito foi preso em 14 de maio. Izzo Filho negou as acusações e disse que está sendo perseguido politicamente.


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