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MEC anuncia regras do crédito educativo
free-lance para a Folha
Os alunos interessados no crédito educativo devem se inscrever
no programa entre os dias 18 e 27
deste mês. Para as instituições de
ensino, o prazo termina na próxima terça-feira, dia 10.
Só podem ter acesso aos financiamentos os alunos de faculdades inscritas no programa.
Eles devem ter bom desempenho acadêmico e um fiador que
possua uma renda que cubra os
custos do ensino.
As inscrições devem ser feitas
nas próprias faculdades.
O processo de seleção dos alunos será de acordo com a renda
familiar, moradia (se possui casa
própria ou paga aluguel), doença
de algum membro da família ou
mesmo despesas com o estudo de
um outro parente. Quanto mais
carente for o candidato, mais
chances ele tem.
Serão 60 mil vagas distribuídas
por todo o país de acordo com a
procura pelos cursos.
De acordo com o novo sistema,
o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior financia 70% da mensalidade. O
restante é pago pelo aluno.
Os candidatos não podem comprometer mais do que 60% da
renda per capita de suas famílias
no pagamento de sua parte da
mensalidade, o que pode prejudicar o acesso a cursos caros como o
de medicina.
O Ministério da Educação pretende privilegiar os cursos de licenciatura, mais baratos, e assim
distribuir mais vagas.
A justificativa da preferência
pelos cursos de formação de professores foi dada pelo próprio ministro da Educação, Paulo Renato
Souza. "Os alunos carentes têm
que trabalhar e estudar. Não têm
tempo de frequentar cursos demorados e que pedem dedicação
total", disse.
A expectativa é atender a 115 mil
alunos, sendo que 100 mil vagas já
estão reservadas às instituições filantrópicas, como compensação
pela perda dos incentivos fiscais
do ano passado.
O MEC não permitirá que faculdades que receberam por três
anos seguidos notas D e E no provão ofereçam crédito, o que afetará alguns cursos de direito, administração e engenharia civil.
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