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Entidade irá levar casos à ONU
DA REPORTAGEM LOCAL
A ONG (organização não-governamental) Justiça Global encaminhou um informe à relatora especial sobre execuções sumárias
da ONU, Asma Jahanjier, sobre a
suposta tortura que resultou na
morte do chinês naturalizado
brasileiro Chan Kim Chang, 46.
Jahanjier virá no dia 16 ao Brasil
para visitar Brasília e cinco Estados -Pernambuco, Pará, São
Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro- e, de acordo com a diretora de pesquisa e comunicação
da Justiça Global, Sandra Carvalho, deverá colher informações
mais detalhadas sobre o caso.
Chang foi detido por agentes da
PF no dia 25 de agosto, no Rio, ao
tentar embarcar para os Estados
Unidos com US$ 30 mil não declarados. Na noite de 27 de agosto,
ele deu entrada no hospital Salgado Filho. Ele morreu anteontem.
Carvalho também disse que encaminhará um informe sobre o
caso do garçom Valdinei Sabino
da Silva, 25, aos relatores de detenções arbitrárias e relatos sobre
tortura da ONU. Silva passou 16
dias preso, acusado de participar
da morte do empresário José Nelson Schincariol, 60, em Itu.
O garçom disse que apanhou da
polícia para confessar que seria
um dos autores do homicídio.
Seus parentes também dizem que
policiais invadiram a casa da família sem mandado judicial.
"Temos visto casos semelhantes
a esses se repetindo no país, principalmente quando policiais tentam dar uma resposta rápida à
opinião pública", afirmou ela.
Sandra Carvalho disse que de
junho de 2000 a junho de 2002, a
entidade apontou 1.631 casos de
tortura contra presos. Esse número refere-se apenas às denúncias
formalizadas por detentos. "Informalmente, temos conhecimento de mais de 5.000 casos nesse mesmo período."
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