São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2005

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Vazamento em Niterói é investigado

DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro abriu ontem inquérito para investigar o vazamento de óleo ocorrido na baía de Guanabara, na madrugada de sábado. O óleo atingiu 50 km de praias de Niterói (cidade a 15 km do Rio).
O vazamento ocorreu depois que o navio Saga Mascot, das Bahamas, bateu num dique de um estaleiro em Niterói. Pelo menos 2.000 litros vazaram. As praias das Flechas, Boa Viagem e Icaraí foram atingidas pela mancha. A Secretaria Municipal de Niterói informou que a quantidade de óleo que vazou pode ser ainda maior.
A Procuradoria pediu à Feema (agência ambiental estadual) e ao Ibama que lhe enviem os laudos dos possíveis danos e apontem as responsabilidades do estaleiro e da embarcação. Solicitou ainda à PF (Polícia Federal) tudo que já foi investigado a respeito.
O procurador Wanderley Dantas solicitou ainda que o Ibama interdite a partida do navio.
Na tarde de ontem, já não havia mais manchas de óleo nas areias das praias atingidas. No entanto, barreiras de contenção permaneciam sobre a areia e a água.
Apesar de o óleo ter sido retirado das praias, quem passava próximo a elas durante a tarde ainda podia sentir um forte cheiro da substância, razão pela qual nenhum banhista estava nas areias.
Entre pescadores da região, com o derramamento, a pesca de sardinhas e mexilhões foi comprometida, o que causa prejuízo.

Ação estadual
A Procuradoria Geral do Estado entrou ontem com uma ação civil pública exigindo a reparação integral do ecossistema afetado pelo vazamento de óleo na baía.
Segundo o procurador-geral do Estado, Francesco Conte, a ação propõe ainda o ressarcimento das despesas do trabalho da Feema e demais órgãos ambientais para conter a propagação do óleo.
Não foi a primeira vez que o Estado tomou a medida em razão de um acidente ambiental na baía. Em 31 de maio, um acidente com o navio Alminufiyah, de bandeira egípcia, também causou danos. O governo entrou com ação civil pública contra a Transhipping, responsável pelo navio.
A ação também pedia a recomposição integral dos danos ambientais. A empresa foi obrigada a adotar medidas para conter o óleo, que atingiu mais de quatro quilômetros da baía, e a recuperar todo o ecossistema dos arredores.


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