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Vazamento em Niterói é investigado
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério Público Federal no
Rio de Janeiro abriu ontem inquérito para investigar o vazamento
de óleo ocorrido na baía de Guanabara, na madrugada de sábado.
O óleo atingiu 50 km de praias de
Niterói (cidade a 15 km do Rio).
O vazamento ocorreu depois
que o navio Saga Mascot, das Bahamas, bateu num dique de um
estaleiro em Niterói. Pelo menos
2.000 litros vazaram. As praias das
Flechas, Boa Viagem e Icaraí foram atingidas pela mancha. A Secretaria Municipal de Niterói informou que a quantidade de óleo
que vazou pode ser ainda maior.
A Procuradoria pediu à Feema
(agência ambiental estadual) e ao
Ibama que lhe enviem os laudos
dos possíveis danos e apontem as
responsabilidades do estaleiro e
da embarcação. Solicitou ainda à
PF (Polícia Federal) tudo que já
foi investigado a respeito.
O procurador Wanderley Dantas solicitou ainda que o Ibama
interdite a partida do navio.
Na tarde de ontem, já não havia
mais manchas de óleo nas areias
das praias atingidas. No entanto,
barreiras de contenção permaneciam sobre a areia e a água.
Apesar de o óleo ter sido retirado das praias, quem passava próximo a elas durante a tarde ainda
podia sentir um forte cheiro da
substância, razão pela qual nenhum banhista estava nas areias.
Entre pescadores da região,
com o derramamento, a pesca de
sardinhas e mexilhões foi comprometida, o que causa prejuízo.
Ação estadual
A Procuradoria Geral do Estado
entrou ontem com uma ação civil
pública exigindo a reparação integral do ecossistema afetado pelo
vazamento de óleo na baía.
Segundo o procurador-geral do
Estado, Francesco Conte, a ação
propõe ainda o ressarcimento das
despesas do trabalho da Feema e
demais órgãos ambientais para
conter a propagação do óleo.
Não foi a primeira vez que o Estado tomou a medida em razão de
um acidente ambiental na baía.
Em 31 de maio, um acidente com
o navio Alminufiyah, de bandeira
egípcia, também causou danos. O
governo entrou com ação civil
pública contra a Transhipping,
responsável pelo navio.
A ação também pedia a recomposição integral dos danos ambientais. A empresa foi obrigada a
adotar medidas para conter o
óleo, que atingiu mais de quatro
quilômetros da baía, e a recuperar
todo o ecossistema dos arredores.
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