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Fecundidade menor também afeta a saúde
DA REPORTAGEM LOCAL
A diminuição da taxa de
fecundidade tem impacto
direto em áreas como saúde pública e influencia na
forma como os serviços
são oferecidos.
Para Sonia Dias Lanza
Freire, assistente na atenção básica da Secretaria
Municipal da Saúde de São
Paulo, a mudança no perfil
da população -cada vez
menos crianças e mais
idosos- torna ainda mais
importante os trabalhos
de prevenção.
"A cidade já tem 11,5%
de sua população formada
por idosos. Temos que
pensar um sistema de saúde mais voltado a esse público. O grande investimento é na prevenção, estimulando atividades físicas, por exemplo. Não
adianta só dar remédio."
Sonia afirma que a falta
de prevenção aumenta o
número de pacientes
doentes e dificulta o atendimento. Ela disse não saber precisar o impacto do
envelhecimento da população na saúde.
Na última semana, o IBGE divulgou um estudo
com o dado de que ao menos três em cada quatro
idosos do país relataram
em 2003 sofrer com doenças crônicas.
Tendência
Lena Peres, coordenadora da área de saúde da
mulher do Ministério da
Saúde, afirma que a queda
da fecundidade segue uma
tendência mundial ligada
à mudanças na organização da sociedade, aos métodos contraceptivos.
A coordenadora destaca, contudo, que existe
uma relação com esse novo quadro e o trabalho realizado pelo governo na
área de saúde pública.
"As esquipes do Programa Saúde da Família já
atendem boa parte dos pacientes do SUS e levam a
um melhor planejamento
da sua vida. Há ainda ações
voltadas ao combate à
doenças sexualmente
transmissíveis que influenciam", diz.
Lena diz que uma das
formas de a saúde pública
se preparar para as mudanças em sua pirâmide
etária é investindo em
centros de referência do
idoso, que promovem não
só a saúde desse público
como outras atividades de
integração.
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