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Falta de fiscalização compromete segurança
DA SUCURSAL DO RIO
Nem tudo é motivo de alegria
nos albergues do Rio. Em fevereiro, dois deles foram assaltados. Em um dos casos, 34 hóspedes foram roubados. Por isso, é preciso escolher adequadamente onde se hospedar.
"É importante verificar se há
sistema de segurança, além de
tentar conversar com pessoas
que já estiveram hospedadas",
diz Carlos Augusto Alves, presidente da Federação Brasileira
dos Albergues da Juventude,
que reúne 96 unidades em mais
de 40 cidades do país -seis no
Rio. Para usá-las, é preciso ter
ao menos 14 anos e se associar,
pagando uma taxa anual.
"Muita gente acha que, se
tem um quarto sobrando, já pode montar um albergue", diz
Andrea Cota, presidente da Associação de Albergues da Juventude do Estado do Rio. "A
cidade tem muitos albergues,
mas uma parte é irregular."
Não há dados confiáveis sobre a quantidade de albergues
independentes no Rio. A Riotur, empresa de turismo do município, elenca 25. Um site internacional, que oferece opções
em diversos países, apresenta
39. A Companhia de Turismo
do Estado do Rio de Janeiro
mantém um cadastro oficial
onde constam só 15. Já a Polícia
Civil contabiliza 25.
Para funcionar regularmente, um albergue precisa ter alvará da prefeitura. A lei federal
11.771/2008 prevê que todo albergue deve ser cadastrado pelo órgão estadual de turismo,
mas ela não foi regulamentada.
A Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio
afirma que nunca aplicou punições a albergues porque aguarda a regulamentação da lei.
No âmbito municipal, a Secretaria de Ordem Pública diz
que não há operação de fiscalização programada. A única citada pela pasta ocorreu em 27
de fevereiro e não resultou em
punições administrativas.
Segundo a Polícia Civil, as
ocorrências em albergues não
são comuns. "Embora ocorram
furtos esporádicos, o número
de casos não é significativo, nada que justifique alguma operação especial", diz Fernando de
Sousa, titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo.
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