São Paulo, sexta-feira, 06 de outubro de 2006

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VÔO 1907/RESGATE

Busca de corpos fica cada vez mais difícil

Com trabalho longe do fim, Forças Armadas aumentam o efetivo e ampliam estrutura na região de resgate das vítimas

Um hospital de campanha e mais uma cozinha móvel começam a funcionar hoje na serra do Cachimbo; Exército manda 20 homens

EDUARDO SCOLESE
ENVIADO ESPECIAL A NOVO PROGRESSO (PA)

No momento em que a localização de vítimas do vôo 1907 se torna cada mais difícil, as Forças Armadas decidiram ampliar a estrutura e o efetivo na região da queda do Boeing, já admitem o rodízio dos militares envolvidos na ação e sinalizam que os trabalhos na floresta estão longe do fim.
Ontem, 20 homens do Exército se integraram ao grupo de 80 que já atuam no local do acidente, num ponto denso de floresta em Mato Grosso.
Além disso, para atender os que atuam na busca das 154 vítimas, começam a funcionar hoje um hospital de campanha e uma cozinha móvel na base aérea da serra do Cachimbo, a cerca de 50 minutos de helicóptero do local da queda do avião.
Passados sete dias da tragédia, a Aeronáutica diz ser "natural" que corpos passem a ser localizados apenas de forma "isolada", ou seja, não mais em grupos. Vinte vítimas localizadas num mesmo "sítio" dias atrás estavam a 1 km do trem de pouso do avião. Entre esses chamados "sítios", os militares se deslocam somente de helicóptero, descendo ao solo por meio de cordas.
Até agora, segundo números da Aeronáutica, 65 corpos já foram localizados. No início da noite de ontem, na base do Cachimbo, estava prevista a decolagem de um avião da FAB com 20 corpos rumo a Brasília, onde serão submetidos a exames de identificação no IML. Outros 27 sacos pretos com corpos foram içados ontem da selva e levados a fazenda que serve de base de apoio das ações.


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