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Afastados juízes acusados de
participar de prostituição no MA
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
O Tribunal de Justiça do Maranhão afastou anteontem, em sessão extraordinária, dois juízes
acusados de envolvimento com
esquema de prostituição infantil
em Caxias (MA). O juiz de Registros Públicos de Caxias, Adinaldo
Cavalcante, e o juiz da 1ª Vara de
Bacabal, José Raimundo Sampaio, foram denunciados pelo Ministério Público Estadual.
Cavalcante e Sampaio não foram localizados pela Agência Folha para comentar a decisão.
As denúncias de prostituição
infantil em Caxias (360 km de São
Luís) começaram quando mães
de algumas adolescentes pediram
ajuda ao Conselho Tutelar da
Criança e do Adolescente para tirar as filhas do bar do Gaguinho,
local onde as crianças moravam e
faziam programas.
No início de setembro, o Ministério Público fez uma blitz no local e encontrou cinco garotas, que
denunciaram os clientes.
O juiz Cavalcante, além de ser
acusado de frequentar o bar do
Gaguinho -José Arimatéia da
Silva, que está preso-, teria fornecido certidões de nascimento
falsas às meninas.
"Essa atitude (do TJ) representa
uma mudança de mentalidade
em favor da criança. Agora é hora
de as entidades se movimentarem
e cobrarem o fim da prostituição
infantil", disse a promotora Lítia
Cavalcanti, que ofereceu as denúncias à Justiça.
O ex-comandante da Polícia
Militar em Caxias Edmilson Saldanha também foi apontado pelo
Ministério Público como usuário
da prostituição infantil. No mês
passado, ele foi afastado do cargo
pelo Comando Geral da PM.
Outros nomes de pessoas de Caxias (médicos, advogados e políticos) estão sendo investigados pela
Justiça e pela Polícia Federal do
Piauí. Os nomes não foram divulgados.
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