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Para governo
federal, tema é caso de saúde
DA SUCURSAL DO RIO
Já há algum tempo, o governo federal tenta tratar
o tema aborto como caso
de saúde, e não de polícia.
Um projeto de lei que prevê a descriminação da prática até a 12ª semana de
gestação, por exemplo, está em discussão no Congresso Nacional.
Ainda em 2004, o Ministério da Saúde divulgou
uma norma determinando
que fosse dispensado tratamento digno às mulheres que procuram a rede
hospitalar após o aborto.
O assunto, no entanto, é
polêmico. No mesmo ano
da medida, o governo colocou o tema em pauta ao sugerir, no Plano Nacional
de Políticas para as Mulheres, uma revisão da lei
do aborto. A iniciativa partiu da ministra Nilcéa
Freire, da Secretaria de
Políticas para Mulheres.
Em reação, o então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, afirmou ser contrário ao aborto até em casos de estupro,
exceção prevista no Código Penal brasileiro.
Na campanha eleitoral,
o presidente Lula foi cauteloso: seu programa de
governo para as mulheres
evita usar o termo, mas diz
que "o Estado e a legislação brasileira devem garantir o direito de decisão
das mulheres sobre suas
vidas e seus corpos".
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