São Paulo, sábado, 06 de novembro de 2010

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Restaurantes dizem que repassarão custo

Destinação correta do lixo vai gerar gastos que serão cobrados dos consumidores, afirma sindicato do setor

Com a alteração nas regras para a coleta do lixo, estabelecimentos precisam contratar uma empresa especializada

DE SÃO PAULO

Os clientes pagarão pela destinação correta do lixo dos restaurantes. É o que afirma o sindicato do setor. Para Sérgio Martins Machado, diretor jurídico do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes, não há alternativa para as empresas.
"Quando se fala de lixo, com certeza afeta a categoria, gera custo, e o custo vai ser repassado para o cliente."
Machado não quis falar sobre as ações da categoria em relação ao decreto do prefeito Gilberto Kassab (DEM) que endurece as regras para os grandes geradores de lixo porque não tinha lido o texto -publicado hoje no "Diário Oficial" do município.
"Nós não fomos chamados para discutir o assunto, não sabemos de nada disso. Teríamos dado sugestões."
Ele defende que a prefeitura crie um sistema de coleta seletiva para que as empresas possam destinar seu lixo. A receita da venda do lixo reciclável, diz Machado, poderia servir para a prefeitura cobrir o custo do sistema.
Segundo o decreto, os grandes geradores de lixo terão 60 dias para se cadastrar e informar qual empresa foi contratada para fazer o serviço de recolhimento.
O cadastramento será feito pela internet, no site da Secretaria de Serviços.

EQUIPAMENTOS
Contêineres, câmeras frigoríficas ou caixas compactadoras. Essas são as alternativas técnicas viáveis para as empresas armazenarem o lixo até o recolhimento, que pode levar dias.
Jonathan Rodrigues Novaes, do Sistema Nova Ambiental, especializado em lixo industrial, diz que para restaurantes uma boa saída é a câmara frigorífica. Gelado, o lixo não espalha o cheiro.
Outra saída é a caixa compactadora. Ela é vedada e não deixa o odor se espalhar.
O equipamento compacta de cinco a seis toneladas, mas ocupa mais espaço que a câmara frigorífica com a mesma capacidade.
O melhor dos mundos, afirma Novaes, é a reciclagem. Shoppings, por exemplo, que têm bastante volume de lixo reciclável, podem até conseguir pagar o custo da destinação de seu resíduo com a venda do material.
(EVANDRO SPINELLI)

FOLHA.com
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folha.com.br/ct826317


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